O Open da Austrália começa na próxima segunda-feira, mas a novela em torno da entrada de Novak Djokovic no país sem estar vacinado contra a covid-19 parece estar longe do fim. Depois de um juiz ter anulado a decisão do governo de cancelar o seu visto, o tenista sérvio pode mesmo assim acabar por perder a autorização de permanência no país por alegadamente ter mentido no preenchimento do questionário à chegada à Austrália.
Djokovic disse que não tinha viajado nos 15 dias anteriores à partida para Melbourne, mas o tenista não só foi fotografado ao lado de Petar Djordjic, jogador de andebol do Benfica, a 24 de dezembro, em Belgrado, como depois passou o final do ano em Marbella, a preparar a participação no open australiano. Voou para Melbourne a partir de Espanha, com escala no Dubai.
Essa contradição pode ser suficiente para as autoridades australianas lhe revogarem o visto e o jogador sérvio, número 1 mundial, 9 vezes vencedor do Open da Austrália, incluindo nos últimos três anos, ter de regressar a casa.
Teste é mesmo positivo?
Djokovic entrou na Austrália portador de uma isenção médica, segundo a qual teria dado positivo num teste realizado a 16 de dezembro. Daí não estar vacinado.
Só que o jornal alemão 'Der Spiegel', bem como o jornalista do New York Times, Ben Rothenberg, dizem que no domingo à noite o 'QR Code' do teste do jogador, que foi tornado público, dizia que o resultado era negativo. Mais tarde, o 'The Guardian' fez o mesmo mas o resultado já deu positivo.