Honda Civic Type-R: Pecador sem complexos

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O desportivo da marca nipónica entra, literalmente, na última geração. E tem tudo para deixar saudades

Os novos tempos, já o sabemos, determinam o primado da eletrificação automóvel, mas ainda há ‘pecadores’. Daqueles em que a potência e as aptidões desportivas são apelo veemente ao prazer de condução. Falamos, por exemplo, do Honda Civic Type-R, o ‘hatchback’ de alta ‘performance’ da marca nipónica que entra, muito provavelmente, na derradeira geração.

O ‘pecado’ começa exatamente porque este Type-R é o mais potente e mais rápido de linhagem nascida em 1997. A Honda esmerou-se na forma como melhoro o bloco VTEC turbo 2.0l a gasolina, oferecendo 329 cv de potência e binário de 420 Nm disponíveis a partir das 2200 rpm e até às 4000 rpm. Valores que, traduzidos, tanto habilitam o Type-R para exercícios em pista como na utilização diária.

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Esta última pode parecer algo desadequada para automóvel com garra, mas é bom lembrar que na base está um… Civic. As diferenças para a versão híbrida são muitas - da mecânica à estética, passando pela aerodinâmica -, só que a Honda não deixou de incluir o modo de condução ‘Confort’ para os desafios, digamos, mais tranquilos. Quer em termos de consumos, quer na reação a pisos, enfim, menos bem tratados.

O Type-R impressiona pelas potencialidades, puxadas também pela opção entre os os modos ‘Sport’ e ‘+R’, mas é ao mesmo tempo ‘user friendly’. A caixa manual de 6 velocidades (otimizada e com selector pequeno) é um mimo; o trabalho desenvolvido para garantir eficácia na abordagem a trajetos sinuosos não fica atrás e depois, bem, depois o mais difícil é resistir a andamento, digamos, mais empenhado.

A pose exterior não engana. Da ‘asa’ traseira - essencial para o apoio aerodinâmico - às entradas de ar (capot incluído), passando pelo difusor traseiro, pelas saias laterais e pelas pinças dos travões, tudo demonstra personalidade desportiva. Não será discreto, mas essa também não é a função do Type-R. Nem a preocupação dos felizardos compradores, que esgotaram a dezena de unidades destinadas ao nosso país.

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Segurança apurada e muito vermelho

O Type-R pode fazer apenas 5,4 segundos dos 0 aos 100 km/hora e tem velocidade máxima de 275 km/hora. Valores que impressionam, sendo que a utilização mais desportiva não é, naturalmente, muito amiga de consumos baixos. A Honda anuncia média, em ciclo misto, de 8,2l/100 km e não andámos longe desse valor.

Ao volante e muito bem instalado, o condutor lida com a cor vermelha nos cintos, nos bancos desportivos e no grafismo - sempre seleciona o modo ‘Sport’ ou +R -, mas tem à disposição habitáculo despretensioso. Pedais em alumínio, inscrição ‘Type-R’ no tablier com o número de produção da unidade; painel de instrumentos digital; ecrã tátil em posição flutuante, que engloba o sistema ‘Honda Log 2.0’ para conhecer em tempo real dados e avaliação da condução.

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A segurança (Honda Sensing) inclui sensores atrás e à frente (oito no total), oito ‘airbags’; aviso de colisão dianteira; monitor de trânsito lateral; controlo inteligente da velocidade cruzeiro adaptável, entre outros sistemas. Os modos de condução adaptam a suspensão, a resposta da direção e até o som do motor. Tudo para experiência muito particular.

Por Paulo Renato Soares
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