adidas Supernova Rise 2: um bom passo em frente

A nossa análise ao modelo de treino diário da marca alemã

Assim são as adidas Supernova Rise 2
Assim são as adidas Supernova Rise 2

Nem sempre é possível, mas uma das coisas que mais gostamos de fazer por aqui é acompanhar, com um teste exaustivo, a evolução das diversas sagas de sapatilhas que vão sendo lançadas pelas marcas. E se esse acompanhamento for feito desde o momento inicial, então é ainda melhor. Não pelo facto de termos mais opções de escolha para utilizar - ainda que isso também ajude, sejamos sinceros... -, mas antes pelo facto de nos permitir observar onde são feitas as alterações de um modelo para o outro. Há evoluções que vão pelo caminho certo. Outras nem por isso. No caso concreto que aqui nos traz, temos de dizer que a evolução foi no sentido certo.

No ano passado já tínhamos colocado à prova as . Na altura dissemos que aquela era "a proposta que faltava na oferta da marca alemã" e, um ano depois, é com agrado que percebemos que a adidas não estragou nada daquilo que introduziu no ano passado. As Rise 2 (vamos apelidá-las assim a partir de agora) continuam comprometidas àquilo que prometeram fazer com o modelo inicial e melhoram alguns aspetos para se tornarem numa opção ainda mais certeira para quem quer investir no mercado num modelo fiável.

O primeiro grande ponto de diferença vê-se na balança. Das 287 gramas do modelo anterior, a adidas conseguiu fazer um corte radical até às 257g. Um corte verdadeiramente radical, sem que isso comprometa de modo algum o conforto e amortecimento. Aliás, em termos de conforto diríamos que a utilização de material acolchoado, especialmente no contorno do calcanhar, é praticamente o mesmo. No fundo, o corte de peso terá sido conseguido por uma construção mais cuidada do upper e também com a redução da superfície acolchoada na língua. E, claro, no desenvolvimento da espuma de meia sola, que é capaz de entregar a mesma dose de amortecimento com menos peso.

Por terem um drop alto, de 10mm, estas Supernova Rise 2 continuam a ser um modelo mais apropriado para corredores com uma técnica de corrida menos apurada, que tendem a aterrar com o calcanhar. Por ter essa diferença de altura, o pé acaba por rolar mais facilmente na transição, sem sobrecarregar em demasia as articulações. A isso junta-se uma boa capacidade de resposta para um daily trainer, o que permite aumentar o ritmo sempre que precisemos. Claro que não são feitas para séries ou ritmos excessivamente altos, mas não comprometem se lhes pedirmos umas retas ou umas rampas no final de um treino de rodagem. Se querem algo que renda em ambos os 'ambientes' (lento e rápido), as Evo SL continuam a ser a melhor opção.

Um outro ponto no qual estas Rise 2 se destacam é também na estabilidade, especialmente por estarem munidas dos Support Rods, introduzidos na versão original, mas também por terem uma plataforma algo mais larga. Esses dois factores, ao trabalharem juntos, fazem com que a corrida seja efetivamente mais estável e não haja espaço para falhas neste particular. Como temos, por exemplo, nas Evo SL.

Neste modelo a adidas integra a espuma Dreamstrike+, um composto que se comporta muito bem tanto a devolver energia como a proteger-nos com o passar dos quilómetros. Diríamos que não são feitas para treinos muito longos - colocamos o limite ali pelos 25, 30 quilómetros -, mas em média distância são uma opção mais do que válida para acumular quilómetros diários sem problemas.

Ao contrário daquilo que estamos habituados, as Rise 2 não têm o composto Continental na sola, mas antes o Adiwear. Um composto que, mesmo não comprometendo, não chega nem perto daquilo que as solas Continental dão. A tração não é tão boa, nem a própria durabilidade. Mas acaba por ser o preço a pagar por termos aqui um modelo a um valor competitivo com tão boa resposta.

Aqui chegados, resta-nos aprovar a forma como a adidas evoluiu este modelo da primeira para a segunda versão. Um bom daily trainer, a um preço acessível, sem entrar nos absurdos que vemos noutras marcas, é sempre algo que se agradece. Especialmente quando levamos também umas sapatilhas que podem muito bem ser usadas sem problemas num ambiente mais casual.

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