Carlos Lopes é o padrinho da São Silvestre El Corte Inglés: «Sinto-me honrado pelo convite»

Carlos Lopes é o padrinho da São Silvestre El Corte Inglés: «Sinto-me honrado pelo convite»

RECORD – O que sente por ser o padrinho da São Silvestre El Corte Inglés, prova com o apoio do jornal Record? 

CARLOS LOPES – Sinto-me honrado pelo convite porque uma prova destas, com a grandeza que tem, é das melhores provas que se realizam em Lisboa e em Portugal. Quando chama a si milhares de participantes isso é um sinal de grandeza. São momentos únicos em que as pessoas se reveem e convivem a propósito de fazer desporto. Libertam a sua mente para uma melhor qualidade de vida. 

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R – O facto de a sua primeira prova oficial ter sido, precisamente, uma São Silvestre torna esta corrida ainda mais especial para si? 

CL – Totalmente. Já pensei nisso e digo-lhe que foi o princípio de uma grande era para o desporto nacional, tudo começou ali. Lembro-me muito bem dessa prova. A meio senti que não andava ali a fazer nada, mas de um momento para o outro comecei a aproximar-me dos que iam na frente e terminei em 2.º lugar. Isso deu-me um alento e uma capacidade de sentir que tinha qualidades e, além disso, era um prazer imenso correr.  

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Sempre gostei de andar livre pela natureza e participava em tudo o que era possível e imaginário, sobretudo no futebol. Simplesmente, com 1,68m e levezinho a bola fugia-me, tinha muitas dificuldades. Felizmente, perdeu-se um bom futebolista e ganhou-se um grande atleta (risos). 

R – Sendo na altura do ano em que é, em meados de dezembro, a cidade vai estar engalanada com as iluminações de Natal. Isso confere uma atmosfera ainda mais especial à São Silvestre El Corte Inglés... 

CL – Lisboa à noite é linda, muito bonita. As pessoas que vão correr ou, simplesmente, assistir a este grande fenómeno desportivo e apoiar dão um colorido extraordinário. Além disso é uma prova aberta a toda a gente, entra no coração das pessoas. É um sentimento de felicidade indescritível. 

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R – O que o Carlos Lopes gostaria de dizer às pessoas que estão com dúvidas e ainda não se inscreveram na São Silvestre El Corte Inglés? 

CL – Nisto não pode haver dúvidas. Há que participar com coragem, mas ter cuidado com a sua participação. Há uns que estão mais preparados do que outros e esses não se podem deixar embalar pelo ritmo dos outros. É preciso mentalizarem-se que cada coisa no seu lugar. Os que estão melhor preparados podem imprimir o ritmo que bem entenderem, já os que não estão tão bem preparados têm de ter uma noção do seu ritmo e sentirem o prazer de correr. Isso é que dá gozo. Só digo uma coisa: participar é bonito. Inscrevam-se, tenham paciência e, se for possível, façam algumas corridinhas antes do dia da prova, libertem-se. 

R – Dada a sua enorme experiência que conselhos daria às pessoas para se prepararem minimamente para não sofrerem na corrida dos 10 km? 

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CL – Todos os momentos que tiverem livres, calcem umas sapatilhas, vistam uma t-shirt e saiam à rua para correr. Façam isso com prazer e alegria, libertem-se. Além da corrida, podem sempre optar pela caminhada, que é igualmente aconselhável. Já nos anos 70 dizia que o prazer de fazer desporto era a minha maior alegria. Eu assim que saía do trabalho ia logo a correr com uma alegria enorme nos olhos porque ia para a minha liberdade, fazer aquilo de que realmente gostava e, acima de tudo, ainda ganhava alguma coisa com isso. Não que fosse muito, mas ainda ganhava alguma coisa.

Por Nuno Miguel Ferreira
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