RECORD - No último ano, teve de conciliar o cargo que exerce no Comité Paralímpico de Portugal com a profissão de médica. Foi complicado gerir tudo, ainda por cima durante um período tão difícil como o da pandemia da Covid-19?
LEILA MARQUES – Foi difícil… Quando despoletou a pandemia, foi muito complicado e valeu-me toda a equipa do Comité Paralímpico. Tive de dar mais apoio ao Serviço Nacional de Saúde, integrando unidades de observação de doentes com Covid-19. Não tive tanta disponibilidade para acompanhar o que se ia passando em Tóquio e as informações que recebíamos de lá. Mas tentei estar sempre a par de tudo. Contei com uma grande ajuda do Comité Paralímpico. A partir de certa altura, quando a pandemia acalmou, consegui acompanhar novamente tudo de perto. Só que em janeiro e fevereiro deste ano foi difícil. Foi a pior fase da pandemia. Os profissionais de saúde estiveram desgastadíssimos. Aí dizia que eram dois trabalhos a tempo inteiro. Foram muito poucas horas de sono nesses dois meses [risos].
R - É especial para a Leila ser a primeira mulher nomeada para exercer o cargo de Chefe de Missão (quer nos olímpicos quer nos paralímpicos) em Portugal?
LM– Sim, sem dúvida... Foi com extremo orgulho e honra que aceitei ser Chefe de Missão para Tóquio. Percebi toda a responsabilidade que o cargo acarreta e, portanto, houve sempre essa preocupação de corresponder ao que me tinha sido proposto. Para além do orgulho e o facto de ser muito especial, existe também uma grande preocupação em cumprir a tarefa traçada da melhor forma. Até acho que o meu exemplo é bom para os atletas. Temos de pensar na transição das carreiras desportivas para que se consiga manter o conhecimento e experiência dos atletas nas respetivas modalidades, nas federações e instituições. Acabei por fazer esse percurso de uma forma não planeada. Não acontece muitas vezes. Gosto de dar o meu contributo para a melhoria do desporto em Portugal. Essa transição não acontece tanto em Portugal e precisamos de investir nisso. Usar a experiência dos atletas no corporativismo.
R - Participou em quatro Jogos como atleta paralímpica (natação). Que principais memórias guarda das competições em que esteve presente?
LM –A verdade é que não sou medalhada em Jogos Paralímpicos. Mas o momento mais marcante foi o acender da chama nos Jogos de Atlanta (1996), na minha estreia. Marcou-me muito, apesar de ter sido um evento controverso, já que as condições dos paralímpicos eram muito inferiores às dos olímpicos. Tinha 15 anos e viver esse momento no Estádio Olímpico marcou-me muito. Ainda hoje, mantenho acesa essa chama, essa vontade de promover o movimento paralímpico. Para além do companheirismo extraordinário que se vive nos Jogos, ficam memórias para a vida.
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