A UGT (União Geral dos Trabalhadores) decidiu manter a greve geral agendada para 11 de dezembro, após reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em São Bento.
"Esta reunião foi muito construtiva e acho que se abrem portas para negociar", referiu Mário Mourão, apesar de a greve se manter. O líder da UGT explicou ainda que "esta reunião não era para negociar medidas".
Tanto a UGT como o Governo mostraram disponibilidade para "continuar a trabalhar no sentido de encontrar pontos em comum para ver se há ou não margem para um acordo", disse Mário Mourão no final do encontro que durou mais de uma hora.
"Até à greve geral acho que não é possível haver um acordo", acrescentou o dirigente sindical, embora sublinhando que "há essa vontade de trabalhar" tanto por parte da UGT como do Governo.
Mário Mourão recordou que o anteprojeto de reforma laboral tem "mais de 100 artigos, muitos deles são artigos muito sensíveis e têm impacto nos trabalhadores" e, por isso "o essencial era verificar se as partes estavam ou não disponíveis para continuar a trabalhar".
"Não havendo linhas vermelhas", continuou, "há um ambiente propício a continuar a negociação para que se chegue a um bom resultado".
Apesar de "o tempo não ajudar", reconheceu que há "um caminho a percorrer" e não afastou a possibilidade de chegada a um acordo entre a UGT e o Governo em matéria laboral.
A existir acordo, "não pode ser feito à pressa" e, para já, a greve geral marcada para 11 de dezembro vai mesmo avançar.
O secretário-geral da UGT esclareceu, no entanto, que a reunião de hoje, marcada a pedido da central sindical, não foi "para fazer negociação. Foi para transmitir ao primeiro-ministro as razões que levaram a UGT a convocar uma greve".
"Não estou a dizer que vai haver acordo, mas se houver essa vontade há pelo menos caminho a percorrer" com vista a um entendimento, disse ainda, reforçando que "a reunião de hoje foi muito construtiva" e "desanuviou" o "ambiente pesado que existia".
Segundo Mário Mourão, as próximas reuniões de trabalho sobre a reforma laboral irão decorrer no Ministério do Trabalho, uma vez que "foi lá que se iniciaram".
"Ainda não temos data nenhuma", acrescentou.
O secretário-geral da UGT, que participou na reunião acompanhado pela presidente da central sindical, Lucinda Dâmaso, revelou ainda que a reunião de concertação social inicialmente prevista para dia 10 de dezembro, véspera da greve geral, foi entretanto desmarcada pela ministra do Trabalho.
Após o anúncio da greve geral, o Ministério do Trabalho entregou à UGT uma nova proposta, com algumas alterações ao anteprojeto apresentado em julho, mas que a central sindical diz ser "muito pouco" para desconvocar a paralisação.
No documento, o Governo cede em matérias como a simplificação dos despedimentos em médias empresas ou a redução do número de horas de formação obrigatórias nas microempresas, abre a porta à reposição dos três dias de férias ligados à assiduidade abolidos na 'troika', entre outras, mas mantém algumas medidas bastante criticadas pelas centrais sindicais, como o regresso do banco de horas individual ou a revogação da norma que prevê restrições ao 'outsourcing' em caso de despedimento.
A CGTP e a UGT anunciaram uma greve geral para 11 de dezembro contra a proposta de alteração da lei do trabalho do Governo, naquela que será a primeira paralisação conjunta desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da 'troika'.
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Greve está agendada para 11 de dezembro.
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