Rio Ave e Marítimo terão protagonizado ontem um dos melhores jogos da Liga 2005/06. Futebol aberto, agradável, muitas oportunidades e incerteza no resultado até ao apito final. Talvez por isso a divisão de pontos terá sido o desfecho mais justo para qualquer uma das equipas, principalmente porque nenhuma delas merecia sair derrotada.
Tanto Sousa como Bonamigo tudo fizeram para conquistar os três pontos. Os vila-condenses vinham de três encontros sem ganhar em casa (empate com o Boavista, derrota com o Sporting de Braga e eliminação da Taça de Portugal, frente ao Ribeirão). Já o Marítimo lutava pelo primeiro triunfo fora da Madeira. Com esquemas idênticos (4x4x2), os dois conjuntos encaixaram-se na perfeição. Fahel seguiu os passos de Cleiton e Mozer não largava de vista Marcinho.
Depois de algumas ameaças, acabaram por ser os insulares a abrir o marcador. Uma jogada de envolvimento entre Kanu e Evaldo, no flanco esquerdo, teve sequência numa excelente assistência de Marcinho para Manduca.
O Rio Ave sentiu o golo, passou por um período de desorientação, e Kanu teve o 2.º tento nos pés. Isolado perante Mora, o brasileiro deslumbrou-se e permitiu o corte de Mozer em cima da linha.
Revolução de Evandro
Sousa percebeu que tinha de mexer no jogo e lançou Evandro. A equipa passou a jogar em 4x3x3, com Evandro e Chidi no apoio a Gaúcho. Os vila-condenses empurraram o Marítimo para junto da sua área e em dois minutos deram a volta ao resultado. Primeiro por Evandro (estreia a marcar na presente época) e logo a seguir o mesmo jogador esteve na origem de idêntica proeza de Chidi.
Foi o delírio nas bancadas quando já se ouviam alguns assobios. A primeira metade do encontro acabou com 19 remates e apenas 12 faltas, o que diz bem do espectáculo protagonizado pelas duas formações.
Desperdício
Na entrada para a segunda parte, foi a vez de Paulo Bonamigo alterar a estratégia. Fez sair o central Valnei, recuou Fahel e fez entrar Sergipano, passando a utilizar um esquema novamente idêntico ao do Rio Ave. Kanu, à direita, e Manduca, à esquerda, apoiavam o recém-entrado em campo.
Uma troca que quase surtiu efeito logo de imediato. Sergipano isolou-se, driblou Mora, mas perdeu tempo e ângulo, desperdiçando mais uma oportunidade flagrante.
À semelhança de Kanu, na primeira parte, também Cleiton teve nos pés a hipótese de matar o jogo, desta feita, para os de Vila do Conde. Só que o rematou saiu muito por cima da baliza de Marcos.
Já Mancuso não perdoou na transformação de um livre directo, devolvendo a igualdade ao marcador. Neste período, os insulares voltaram a crescer e Kanu reclamou uma falta de Milhazes dentro da área do Rio Ave. Um lance muito duvidoso, mas que deixou no ar a ideia de ter havido motivo para grande penalidade.
Até ao final, as alterações levadas a cabo pelos dois treinadores não alteraram o rumo dos acontecimentos. Só no período de descontos voltou a haver agitação junto das balizas. Primeiro foi Gaúcho a testar a atenção de Marcos. Praticamente na resposta, foi a vez de Sergipano ganhar bem na linha de fundo sobre Milhazes e a rematar ligeiramente ao lado. Um final emocionante digno de um bom espectáculo.
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