Belenenses-Boavista, 2-2: Fé azul deu para remover uma «montanha» de xadrez

Belenenses-Boavista, 2-2: Fé azul deu para remover uma «montanha» de xadrez

OS POUCOS milhares de espectadores, que segunda-feira, ao fim da tarde, se deslocaram ao Estádio do Restelo, não deram por mal empregue o seu tempo. Puderam assistir a um excelente espectáculo de futebol, entre duas das melhores equipas deste campeonato. Belenenses e Boavista ofereceram de tudo: emoção, entrega, competição, futebol de ataque e muitos golos. O resultado final é justíssimo, até porque a derrota seria injustamente penalizadora para qualquer das equipas. Cada uma esgrimiu os seus argumentos e tudo terminou, sem surpresas, com um empate.

O Boavista esteve mais próximo da vitória. A equipa de Jaime Pacheco, que partiu para este campeonato parecendo mais bem apetrechada que o Belenenses, e que ainda na última jornada derrotou o Benfica, esteve a vencer por duas vezes, mas permitiu sempre a recuperação dos azuis. A equipa do Restelo, muito apoiada por um público entusiasmado, atravessa uma espécie de estado de graça neste campeonato, e os bons resultados que vem conseguindo transmitem-lhe uma fé... capaz de mover montanhas. Foi assim que aconteceu segunda-feira. E na segunda parte a fé quase dava para vencer o jogo...

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AO ATAQUE

Os dois treinadores adoptaram para este jogo idênticos sistemas tácticos, com um "trinco", à frente dele dois médios virados para o ataque, e três avançados, a toda a largura do terreno. Em suma, tanto Marinho Peres como Jaime Pacheco mostraram que perfilham filosofias de futebol ofensivo e esse foi o ponto de partida para um grande espectáculo. Depois, no relvado, as diferenças na atitude das duas equipas foram mínimas: o Belenenses com um futebol mais impulsivo, entusiasmado, galvanizado com o apoio do público, valendo-se frequentemente dos passes longos - sobretudo por Wilson - para os flancos, nomeadamente para a direita, onde Guga cedo começou a desassossegar a defensiva contrária; e o Boavista mais cerebral, com muitas trocas de bola, e conquistando terreno através da técnica de Sanchez, e da velocidade e da pujança física de jogadores como Duda ou Whelliton.

Gradualmente, a equipa do Bessa ganhou o meio-campo, mostrando-se mais consistente, fechando bem os caminhos na defesa e abrindo cada vez mais espaço a caminho da baliza de Marco Aurélio. Com um "pressing" tremendo sobre os adversários, os axadrezados começaram a justificar o golo de vantagem, que Sanchez marcou, num lance em que escapou habilmente à vigilância da defesa azul. A equipa do Bessa parecia de betão, com grande solidez e em situação de vantagem tornava-se um obstáculo ainda mais difícil. Mas o Belenenses não se deixou abater, mantendo os seus jogadores a fé nas suas qualidades individuais e partindo sempre para os duelos individuais com grande coragem. Quando Marcão igualou, aproveitando uma paragem da defesa contrária, a festa voltou ao Restelo. Por dois minutos apenas: Erivan, com um fortíssimo remate de fora da área, repôs a vantagem axadrezada. Nem assim murchou a fé azul. O Belenenses regressou melhor dos balneários, Verona fez o 2-2 e criou as condições para uma segunda parte de grande “suspense”, marcada por lances numa e noutra baliza, sem que alguém conseguisse a "crueldade" de desequilibrar o espectáculo.

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Olegário Benquerença fez um bom trabalho e parece ter ajuizado correctamente no lance do primeiro golo do Boavista, no qual os azuis reclamaram fora-de-jogo de Sanchez.

OS GOLOS

0-1 Aos 26 minutos, Duda lança SANCHEZ, no lado esquerdo da área belenense, e perfeitamente em linha com os defensores contrários; o boliviano enquadra-se com a baliza e faz o golo.

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1-1 Aos 39 minutos, Pedro Henriques faz um balão para a área contrária; os defesas axadrezados ficam parados e MARCÃO aproveita para fazer o golo.

1-2 Aos 41 minutos, ERIVAN recebe um passe de Duda, à entrada da grande área contrária, e remate fortíssimo, com o pé esquerdo, fazendo a bola entrar no canto inferior esquerdo da baliza.

2-2 Aos 57 minutos, VERON recebe um lançamento comprido da sua defesa e, à saída do guarda-redes William, desvia a bola com um pequeno toque e faz o golo.

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