Um presente no campeonato do Inatel, um futuro como clube federado e a competir na AF Porto, e um passado, muito passado, marcado por antigas estrelas do futebol profissional e por dois clubes que andavam pelas ruas da amargura.
Assim nasceu o Treze Montalegre/ADR Pasteleira, na junção de dois emblemas e uma vontade férrea. Chama-se Rémulo Marques e é o mentor, precursor e principal impulsionador do projeto que nos primeiros meses de vida já saiu do anonimato, fruto da presença de nomes como Afonso Martins, campeão no Sporting, Wender, estrela no Sp. Braga e que também passou por Alvalade, e Lucas, antigo médio da Académica e Boavista e que acabou a carreira de forma precoce devido a um problema de saúde. O coração de Lucas continua, mesmo assim, enorme nas funções de delegado do Norte do Sindicato de Jogadores, aproveitando o tempo livre para se juntar aos amigos e sentir o simples cheiro do balneário. Já não dá para competir, mas ainda há duas semanas viu Wender marcar dois golos na vitória que colocou a equipa na frente do campeonato. O mesmo Wender que apontou um dos golos no último jogo oficial de Lucas, a 19 de dezembro de 2007, para a Liga Europa, em Braga e com a camisola dos sérvios do Estrela Vermelha.
A ideia foi criar algo de base, com nomes associados, incluindo o do principal patrocinador. “Tudo ficou concluído em julho e já não dava para inscrever a equipa nos campeonatos distritais, pelo que sobrava o campeonato do Inatel, algo que nos pareceu positivo para o ano de estreia. Teríamos competição e, ao mesmo tempo, podemos aproveitar para, sem a pressão normal das provas oficiais, começar a cimentar, com passos seguros, o futuro”, relata Rémulo Marques, também jornalista muito viajado e onde aproveita para ter documentos históricos. O que têm em comum nomes como Frank de Boer, Javier Pastore, João Moutinho e Ricardo Carvalho? Todos já tiraram uma fotografia com a camisola do Treze Montalegre/ADR Pasteleira.
Ou seja, em menos de um ano, o novo clube ganhou projeção e, acima de tudo, ambição para se tornar numa referência, procurando chegar ao sonho dos campeonatos nacionais, no máximo, daqui a oito anos. Por agora, importa reforçar ligações, aproveitar também para ser um espaço de visibilidade a “vários jovens que querem ser profissionais” e até alguns craques que, por esta ou aquela razão, estão no desemprego e podem manter a atividade na Pasteleira, onde a comunidade voltou a aderir, depois de um divórcio a que não está alheia a queda do Boavista, que fazia casa do espaço.
“A presença destes nomes mais conhecidos ajudou imenso nesta arranque, o que nos permite encarar o futuro de um forma mais risonha”, reconhece ainda Rémulo Marques, que nos últimos tempos ainda conseguiu juntar duas “feras” ao plantel: o brasileiro Marcão, que chegou a jogar no Estrela da Amadora, e o senegalês Tanou, que alinhou no Paços Ferreira e no Nacional, entre outros.
Este retiro de cinco estrelas vai aumentar o núcleo nos próximos tempos, provando que uma boa ideia pode lançar a base de um grande projeto. É isso que os responsáveis desejam, sonhando com os pés bem assentes na realidade atual.
A recuperação célere do histórico
A primeira intenção era ser apenas Treze Montalegre, com Rémulo Marques a procurar recuperar um clube fundado em 1992, o Grupo Desportivo Montalegre, na cidade do Porto, e não confundir com o de Trás-os-Montes. O GD Montalegre integrou as competições amadoras e estava “morto” desde 2004. Entretanto, o ADR Pasteleira, clube histórico do Porto e responsável por formar muitos jogadores ao longo dos seus 50 anos de história, como por exemplo André Gomes (Benfica), Bruno Fernandes (Udinese) e Tiago Ferreira (FC Porto), estava nas ruas da amargura por falta de apoios e acabou com o futebol sénior masculino e com a formação, isto depois de uma ligação umbilical ao Boavista, mantendo apenas a equipa feminina. Bastou uma reunião com José Barbosa, presidente do ADR Pasteleira, para uma conjugação de vontades que permite revitalizar o clube e ter esperança no futuro.
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