O Benfica conservou ontem a liderança isolada do campeonato, aumentando para cinco o fosso pontual que o separa do Sporting. O FC Porto viu ampliar para quatro pontos a distância em relação ao guia da classificação. Uma diferença preciosa numa jornada (a 18.ª) talismã, pois catorze dos últimos dezoito campeões comandavam a competição nesta mesmíssima altura. A contabilidade é válida desde 1995/96, ou seja, desde que a vitória passou a ser premiada com a obtenção de três pontos.
O extenso rol de campeões contempla quatro exceções relativamente à equipa que comandava à 18.ª ronda. Em 1999/00, com 17 equipas na Liga, o FCPorto encontrava-se no comando nesta altura da prova, mas acabou por ser o Sporting (Augusto Inácio) a celebrar o título, finalizando um longo jejum.
Em 2004/05, também com 17 equipas, o FCPorto era o líder, mas o Benfica (Trapattoni) tornou-se o primeiro a cortar a linha de meta. Em 2009/10, com apenas 15 equipas, o Sp. Braga comandava à 18.ª jornada, mas cedeu na ponta final e foi o Benfica (Jesus) quem acabou por sorrir. Em 2011/12, também com 15 equipas, era o Benfica que estava no degrau mais alto, sendo ultrapassado pelo FCPorto (Vítor Pereira).
A regra tem, assim, quatro honrosas exceções, o que não permite ao Benfica embandeirar em arco, mais a mais quando muito fresco na memória se encontra o sucedido na época transata, quando desperdiçou uma vantagem de cinco pontos nas últimas três jornadas, permitindo ao FC Porto conquistar o “tri”.