Ricardo Barreiros e a derrota na final do Europeu: «Temos de continuar a trabalhar para encurtar distâncias»

Seleção feminina de hóquei em patins
• Foto: FP Patinagem

As declarações de Ricardo Barreiros, selecionador de Portugal, após a derrota com a Espanha (7-2) na final do Europeu feminino de Hóquei em Patins, disputado hoje, no pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, Paredes.

"Foi um resultado idêntico num jogo completamente diferente. Não estava à espera de ter entrado tão bem como entrámos, acho que os dois golos que sofremos pesaram e descaracterizaram a nossa forma de jogar. A parte emocional do jogo, por vezes, pesa. Temos de continuar a trabalhar para encurtar distâncias. Temos de ser humildes o suficiente para admitir que há alguma diferença individual para a seleção espanhola, o cansaço foi outro aspeto que pesou. Elas têm outras condições físicas e técnicas, algo que se vai notando mais com o decorrer do jogo", disse o técnico no final do jogo, salientando o bom período que viveu na Seleção nas últimas cinco semanas: "Cingir-me ao resultado final não é justo. Adorei o trabalho que fizemos, o estar cinco semanas 24 horas por dia a trabalhar e a conviver com gente que não conhecia".

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Entretanto, em declarações ao site oficial da FP de Patinagem, Ricardo Barreiros acrescentou:

"Apesar do resultado ser parecido com o de quarta-feira, o jogo não teve absolutamente nada a ver. Não posso sair daqui de maneira nenhuma triste com aquilo que fizemos. Estou triste naturalmente com o resultado. A evolução que houve de quarta-feira para hoje é de louvar. Elas tentaram, mas também não fomos felizes na maneira como a Espanha chega ao 4-1. O primeiro golo de Espanha é um remate longe que é desviado e acabamos por ser um bocado penalizados. Fomos, a meu ver, de mais a menos. Foi pena porque acho que em momentos do jogo chegámos a gerar alguma dúvida àquilo que parecia mais provável de acontecer. Lutámos e é como digo, estou muito orgulhoso daquilo que estas raparigas fizeram, o resultado não é demonstrativo daquilo que se passou, mas Espanha ganha com todo o mérito.

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"Esta geração, tanto portuguesa como espanhola, tem valores diferentes, há aqui uma diferença significativa, embora, como assumi desde o início, as poucas probabilidades que tínhamos de poder ganhar, íamos defendê-las à morte. Não é fácil, algum dia terá que tocar: Espanha não vai ganhar para sempre e nós também não vamos perder para sempre. Vamos trabalhar. Foi importante esta campanha para algumas destas atletas, porque ficámos mais perto de perceber as nossas diferenças e as nossas dificuldades. Agora temos um ano para trabalhar todos e tentar chegar daqui a um ano com melhores condições para poder competir."

Por Record com Lusa
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