O regresso a "casa" tem sido especial para Ángel di María, que na vitória (2-0) com o Boavista, chegou ao jogo 150 de águia ao peito. A propósito desse número redondo, precisamente, El Fideo lembrou os primeiros passos na Luz e atirou: "Espero poder jogar tudo o que resta desta época e que esta marca de 150 aumente muito mais."
"Para mim é importante [marca de 150 jogos]. Aconteceram muitas coisa desde o primeiro dia que cheguei, com 17/18 anos. Fui embora e agora regressei. Espero continuar a somar jogos e a ter a possibilidade de vestir esta camisola, que para mim é um privilégio. Disse-o no dia em que saí e voltei a dizê-lo quando regressei: para mim, o Benfica é a minha casa na Europa, é o clube que me abriu as portas para continuar a triunfar. Estou completamente agradecido. Espero poder jogar tudo o que resta desta época e que esta marca de 150 aumente muito mais", revelou o jogador, que vai, tudo indica, regressar ao Rosario Central no final da temporada- - como Record noticiou, existe já um acordo verbal.
Aos meios do clube, o extremo deixou ainda muitos elogios à forma como os colegas muitas vezes se sacrificam para que ele possa jogar mais perto da baliza: "Acho que é graças a eles que continuo a ser assim. São eles que correm por mim, ajudam-me a conseguir continuar a marcar golos [risos], a estar mais próximo da baliza que é onde me sinto melhor. Acredito que o mais importante é trabalhar sempre, continuar a trabalhar da mesma forma, nunca perder a mentalidade de querer ganhar sempre. Ao ter jogadores tão jovens e com tanta qualidade é um privilégio para mim. Tento ajudar e também que eles me ajudem a continuar por este caminho."
Sobre o próximo encontro, as 'meias' da Allianz Cup ante o Estoril, o experiente jogador revelou-se otimista. "Digo sempre o mesmo... Desde que comecei a jogar até ao dia de hoje, a minha mentalidade é querer sempre mais e mais. Estamos a dois jogos de levantar mais um troféu, não importa a competição, é sempre importante, quer seja a conquista do Mundial, ou o que quer que seja. O mais importante é sempre ganhar e ganhar. Acho que, quando terminamos a carreira, o importante e o que fica é tudo isto, é o que conquistaste ao longo de tantos anos. Para mim, o jogo desta quarta-feira é muito importante. Já é uma final porque te dá a possibilidade de chegar à final de sábado e também de tentar ganhar outro título, que, para qualquer jogador, é o mais importante", atirou, em declarações partilhadas na plataforma Bplay.Convidado a fazer uma retrospetiva, El Fideo revelou ainda: "Estou feliz de estar aqui novamente, feliz com as pessoas, feliz em Lisboa, feliz na casa onde estou… A minha mulher está feliz, as minhas filhas são muito felizes aqui. Antes de me ir embora, na última época, só estava com a minha mulher, não tinha filhos, e agora tenho duas filhas... Queria que elas vissem onde tudo começou, onde fui muito, muito feliz quando era muito novo. Acho que agora estão a perceber o que é o Benfica, o que é Lisboa e, para mim, isso é o mais importante."
Jogo 50, jogo 100 e jogo 150. Di María foi recordado de todas as noites em que atingiu um número redondo, mas este confessa que as memórias já não são muitas.
Jogo 50, Benfica 2-0 Nápoles: "Passaram muito anos, mas sempre que é uma competição europeia, é algo muito importante para cada um. Somar muitos jogos nesta competição, é algo muito bonito e bom, como referiste, ganhámos esse jogo e o importante, com esta camisola, é ganhar sempre. Acho que isso é que era importante."
Jogo 100, Olhanense 2-2 Benfica: "Recordo-me de pouco. Aconteceu há muito tempo, mas, como disse anteriormente, todos esses jogos, desde o dia que cheguei até ao dia que me fui embora… Foi um privilégio vestir esta camisola. Como o João disse, poder vestir esta camisola durante muito tempo é algo muito bonito. (…) Perfeito. É como ele disse: estou mais velho, mas continuo a tentar manter a mesma qualidade."
Jogo 150, Benfica 2-0 Boavista: "A verdade é que me aconteceu o mesmo que ao João, não sabia que era o jogo 150. Só descobri no dia seguinte. Estou feliz pelo golo, pela assistência, e que tenha sido desta forma. Ao vestir esta camisola, é muito importante."
Por Rita Pedroso