Gilberto chegou ao jogo 100 pelo Benfica e mostra-se agradecido por envergar a camisola das águias. Em entrevista ao BPlay, o lateral brasileiro, de 30 anos, falou sobre vários temas, começando pela marca redonda de encontros.
"Para mim significa muito. Respeito muito o símbolo. Acho que isso faz tudo parte da minha história aqui, com a razão, o querer e a ambição. Eu carrego isso todos os dias e é com isso que procuro evoluir aqui dentro", frisou, analisando o momento que assinalou o 100º jogo, diante do V. Guimarães.
"Nunca imaginei que seria tão perfeito. Primeiramente, a equipa a viver um grande momento, a Luz lotada e os adeptos a gritarem o meu nome. Parece que os adeptos já sabiam que era o meu 100º jogo. Vi o sorriso de muitos adeptos. Vou levar esse momento comigo para o resto da minha vida", acrescentou.
Sobre Roger Schmidt, o jogador contratado ao Fluminense e que chegou à Luz pela mão de Jorge Jesus só tem elogios a fazer. A convivência que ele tem com os atletas, tanto os que jogam como não jogam, é igual. O cumprimento dele sentes que é diferente, ele olha-te nos olhos. Está sempre a sorrir. Traz-nos uma energia boa. Procuramos jogar por ele também.
Estreia na Luz
Desde que cheguei aqui, procurei conhecer o estádio. Imaginei como é que seria a primeira vez que jogasse oficialmente. Quando tive oportunidade, fiquei muito feliz, lembro-me exatamente como foi. Procuro sempre dar o meu máximo sempre que lá entro porque é um ambiente impressionante.
O facto de marcar golos quando está 0-0
Não tinha prestado atenção a isso. O jogo está sempre na expectativa. Com o Boavista, abrir o marcador na 2ª parte e o ambiente era de expectativa. Quando marquei, o estádio explodiu. O sentimento é sempre maravilhoso. Vibrei muito neste último. Os companheiros ajudaram-me a levantar. Estou a viver um momento muito bom aqui. Estou a ser muito bem elogiado pelos adeptos. Quando faço um golo, é como se fosse um adepto. Vibro com eles. Sinto a energia deles dentro de mim. Fico muito feliz por marcar.
Estou a viver um momento muito bom aqui. Estou a ser muito bem elogiado pelos adeptos. Quando faço um golo, é como se fosse um adepto. Vibro com eles. Sinto a energia deles dentro de mim. Fico muito feliz por marcar.
Festejo do ‘Guerreiro’
No Brasil nunca tive uma vida fácil e tive de superar obstáculos. Os meus pais ensinaram-me a não me vitimizar e procuro isso dentro de mim. No Brasil criou-se essa fama de mim, que era um jogo muito guerreiro, que nunca desistia. Por isso tatuei o ‘Gladiador’. Assisti ao filme e identifiquei-me muito. Tatuei isso na mão porque é algo que carrego dentro de mim.
Balanço
Já vi bastantes jogos muito bons, já joguei a Liga dos Campeões. O meu sonho agora é conseguir acrescentar um título a essa história que é o mais importante. É disso que é feito um jogador, que marca a história num clube. É o que falta.
Melhorei muito a minha parte defensiva. Na parte ofensiva, no Benfica, tenho estado muito bem. Procuro sempre evoluir. É disso que são feitos os jogadores. Procurei evoluir com os novos companheiros de equipa e com Roger Schmidt. Ele ajuda-nos muito a evoluir. Sinto-me um jogador mais completo agora.
Pausa de seleções
É necessário também um tempo de pausa para passar tempo com a família, para recarregar as energias também, não deixando de trabalhar porque dependemos disso, o nosso corpo. Quando voltamos, voltamos com mais sede ainda, de manter o que temos vindo a fazer de bom e procurar evoluir.
Jogo com Rio Ave
Espero que a equipa mantenha o foco, que é o mais importante, façamos um ótimo jogo e possamos trazer os três pontos para casa.
Por Flávio Miguel Silva