Rui Costa, presidente do Benfica, respondeu esta terça-feira às acusações de que foi alvo por parte do candidato à presidência João Noronha Lopes, que ontem na CMTV afirmou que o atual líder encarnado tinha “começado com os ataques”. Antes de um almoço com elementos da sua lista, num restaurante em Lisboa, Rui Costa acusou Noronha Lopes e os restantes candidatos de falarem mais sobre ele do que acerca das suas próprias candidaturas.
“Ele tem de perceber o que está a dizer. Ao fim deste tempo todo, vocês ouvem falar muito do Rui Costa e o Rui Costa a falar muito pouco dos outros. E quando o Rui Costa fala dos outros normalmente é para responder àquilo que o Rui Costa é atacado pelos outros. Vocês têm feito perguntas a todos os candidatos e a expressão ‘alvo a abater’ também é nesse sentido. Há muitos candidatos que o programa é o Rui Costa isto e o Rui Costa aquilo. O Rui Costa tem falado do Rui Costa e do Benfica e quando tem de falar dos outros é para responder a alguma acusação de que foi alvo”, explicou.
“Não é isto que os benfiquistas querem no seio do clube e tenho afirmado muitas vezes que gostaria que a campanha fosse de outra maneira que não esta. Não entro em disputas individuais sobre o que possa surgir, seja uma lista que possa falar de mim, João Noronha Lopes a falar de mim… a minha postura será sempre diferente e faz-me pouco sentido ouvir uma coisa dessas. Todos os dias, em todos os canais, a toda a hora, as campanhas têm sido o Rui Costa isto, o Rui Costa aquilo...”, reforçou.
Sobre as críticas de que tem sido alvo, deixou claro que não têm impacto. “Nem me preocupam, porque tenho um lema que é ‘uma pessoa fala dos outros quando não tem nada para falar dela’ e eu tenho muito para falar de mim. Preocupa-me pouco falar dos outros, são os outros que têm necessidade de falar de mim, não sou eu que tenho necessidade de falar dos outros e eu sigo o meu caminho, o meu trabalho, com a responsabilidade de representar este clube, porque ao fim ao cabo sou candidato à presidência, mas ainda sou presidente do Benfica e o que os benfiquistas querem é ver propostas das várias listas para os próximos quatro anos, não falar disto e daquilo. Não me meto em questões pessoais, nunca me meti nem vou meter. Quero seguir o meu caminho no Benfica enquanto presidente, pelo Benfica e não contra A, B ou C”, atirou.
Questionado se também estaria disponível para revelar os seus rendimentos, atirou: “Não sei qual é a necessidade que o candidato tem ou não de justificar o que quer que seja, por alguma razão está a fazê-lo, mas é a ele que tem de perguntar, não é a mim. Eu tenho feito a minha campanha a falar do Benfica e a falar da minha pessoa, outros têm feito a campanha a falar da minha pessoa e a apresentar pouco para o futuro, se calhar têm necessidade de justificar aquilo que entendem justificar. Eu não tenho essa necessidade de justificar. Porque é que tenho de justificar a minha vida aos benfiquistas que me conhecem desde os 8 anos? Não tenho de justificar nada a ninguém nesse sentido, é a minha vida privada. A transparência com as pessoas sempre a tive, nunca deixei de a ter, mas não me peçam para analisar porque é que um candidato tem a necessidade de fazer uma coisa ou outra.”
De resto, assegura que está tranquilo para 25 de outubro, dia das eleições. “Completamente. Tenho como lema de vida que do Benfica não se desiste, portanto estou completamente em paz e sereno, de consciência tranquila, porque sei o que tenho dado a este clube, sei o que tenho feito por este clube e acredito que os benfiquistas também saibam”, frisou, admitindo não ter ‘preferência’ pela primeira volta ou uma possível segunda, a 8 de novembro.
“São os sócios que irão decidir, dentro desse prisma estou completamente de consciência tranquila e em paz, com a disposição plena de continuar a dar tudo o que posso dar por este clube. Não é uma justificação que tenha de apregoar todos os dias, porque sei e os sócios sabem o amor e paixão que tenho por este clube. Estou muito em paz”, terminou.