Sessão da tarde durou cerca de oito horas e ficou marcada pela enorme contestação à atual direção; orçamento para 2024/25 aprovado à justa
Apesar de já ter sido dada como terminada a AG, Rui Costa voltou atrás e dirigiu-se novamente aos sócios, claramente nervoso enquanto ouvia críticas. "Falaram o dia todo de processos e muitos desses processos foi derivado ao facto de eu colocar a auditoria a circular. Se eu não tivesse apresentado a auditoria, iriam-me perguntar por ela. A auditoria foi apresentada e falam dos processsos. Podem julgar estas pessoas todas, mas quando foi a última eleição, sabíamos que todos os processos que tínhamos para trás, tínhamos de resolver nesta Direção. Sabíamos que tínhamos este fardo pela frente. Isso é sabido. Essa eleição, não deixou de votar estas pessoas com 85 por cento. Não estamos a falar de coisas que nasceram hoje. Toda a tarde, falou-se de processos... Cheguei a ouvir aqui que continuamos com buscas, mas em 3 anos de mandatos não houve nenhuma busca. Estes processos todos não têm a ver com esta Direção", disse o presidente.
Fonseca Santos, presidente do Conselho Fiscal, também falou em AG e explicou o incidente no camarote. "A minha intervenção tem a ver com a defesa do meu bom nome e da minha reputação. Houve um sócio, de certeza por virtude da notícia publicada ontem no Record, que refere um incidente que teve lugar no camarote presidencial, onde nunca devia ter tido lugar, situação pela qual me responsabilizei, escrevendo imediatamente ao presidente a pedir desculpa pela situação e a colocar o meu lugar à disposição. O incidente é referido como tendo decorrido de uma situação que não foi objeto daquilo que me levou a invetivar o Luís Mendes, situação presenciada por outros elementos dos órgãos sociais", começou por dizer.
"Não trato ninguém por tu. A notícia que vem em discurso direto vem como se tratasse o dr. Luís Mendes por tu e não o faço. Quando disse ao dr. Luís Mendes que não me voltava a enganar estava a referir-me a uma situação perfeitamente explicada. Um consócio que é meu colega na intervenção que fez referiu-se a uma operação de compra e venda da totalidade do capital social da Benfica TV e Benfica Estádio, operação celebrada entre a SAD como vendedora e a Benfica SGPS como compradora, situação que implicou o pagamento inicial de 27 M€. Esteve dois anos e tal em que não foram pagas pela Benfica SGPS as prestações do preço que ficou em dívida, que não justificou da parte da administração da SAD ter tomado a iniciativa de qualificar a situação de incumprimento como definitiva, usando aquilo que em direito se chama interpelação admonitória, que não era do conhecimento dos então membros dos OS, ou pelo menos de parte significativa dos OS, e que quando foi conhecida através de verificação da existência desse incumprimento por parte de uma administrador independente da SAD determinou que a Direção do clube, a administração da SAD e da Benfica SGPS tivessem que encontrar uma maneira de resolver o assunto", acrescentou.
"Determinou encontrar, entre a direção do SLB e a administração da SGPS, uma maneira de resolver o assunto e a maneira que foi encontrada foi uma forma correta, lícita, mas impôs-se que o Benfica, que não era parte do contrato de compra e venda, passa-se a ser parte do contrato que regulou de maneira aceitável a situação de dívida existente entre a SGPS e a SAD do Benfica. Daí resultou a obrigação do Benfica constituir a partir de setembro do próximo ano uma prestação acessória de capital na SGPS para poder regularizar a situação que há pouco foi referida, passou o preço em dívida para prestações anuais durante 25 anos. E isso é um problema sério, que afeta a capacidade já limitada do SLB e foi isso que o (João Diogo) Manteigas há pouco referiu. Dito isto, quando referi ao doutor Luís Mendes que não me voltava a enganar, é que durante um ano nada foi feito por ele, que era quem tinha competência para o fazer, para encontrar uma solução que se vai colocar em setembro de 2025. Em segundo lugar, ao contrário do que tinha sido comprometido com o conselho fiscal, nada tinha sido feito para preparar atempadamente a resposta ao problema", concluiu.
Fernando Tavares responde ao sócio que pede a sua demissão e o ataca com o 'saco azul' do andebol e a 'Operação Lex'. "Relativamente ao andebol, como foi dito há 6 meses, recebi uma denúncia que apontava para irregularidades graves no nosso andebol. Abrimos um processo de averiguações que envolveu 5 colaboradores: 4 já sairam, 1 não se provou qualquer tipo de envolvimento. Quando recebi a denúncia falei prontamente com o departamento financeiro, o departamento jurídico e com o presidente. Era uma coisa que não podia ignorar. O que foi detetado foi uma irregularidade que se repetiu durante o verão que tinha a ver com a contratualização através de contratos paralelos em papel timbrado do clube, com assinaturas falsas, em que através desses contratos o Benfica se comprometia a valores distintos dos valores que estavam previstos nos contratos desportivos. O que fizemos foi, depois de abrir o processo disciplinar, reconstruir as obrigações que o Benfica tinha assumido com os nossos atletas, 6 atletas e 1 treinador, reconstruir os contratos de trabalho desportivo respeitando as promessas feitas pelo team manager. Apenas isso, nada mais", justificou.
"Não sabia de nada. Quando soube, atuei no próprio dia. O Benfica agiu, suspendeu as pessoas, reconstruiu os contratos e normalizou a situação com os atletas. O processo judicial é pessoal, nada tem que ver com o Benfica. Como quer que controle um team manager que pega num papel timbrado do Benfica, compromete-se com determinado valor com os atletas e falsifica assinaturas? Já cá estava quando cheguei, não fui eu que o contratei", prosseguiu.
O vice-presidente Fernando Tavares também não foi poupado ao longo desta Assembleia Geral. Há mesmo quem peça a sua demissão. Um dos sócios ataca o dirigente com o 'saco azul' do andebol e ainda a 'Operação Lex'.
"Permita-me expressar que como arguido da 'Operação Lex' e como responsável máximo das modalidades já se devia ter demitido. A sua posição neste escândalo é insustentável e prejudica gravemente a imagem do nosso clube. Hoje ao olhar para o Benfica vejo um clube que me lembra o Império Romano nos últimos dias, governado por segundas linhas e corroído por uma podridão difícil de esconder. Os sócios merecem uma gestão íntegra e transparente, algo que não existe hoje e na última década que me lembre nunca vi", atirou o sócio, que teve resposta de Fernando Tavares.
Os sócios continuam a ser ouvidos no Estádio da Luz. Há quem defenda Luís Mendes. "Trabalho de liderança inqualificável enquanto CEO e presidente de uma das maiores instituições do país. Desprezar uma pessoa como o Luís Mendes não é liderança nenhuma. Nobre foi a atitude dele que se demitiu ao não concordar com a Direção, algo que não teve a coragem de fazer na Direção de Luís Filipe Vieira", atirou um dos associados.
Por esta altura, os sócios inscritos para falar em Assembleia Geral dispõem de 2 minutos ao microfone. Todavia, são vários os que se têm excedido. Sem Fernando Seara, presidente da MAG que ausentou por alguns momentos, um dos associados teve de ser mesmo retirado por seguranças.
Vários sócios atiram-se à comunicação do clube. "Agora entendo porque é que o diretor de comunicação aparece sempre atras da direção nas AGs. É a única forma de perceber que temos um", disse um associado durante a intervenção. "A comunicação do Benfica não é boa, é inexistente. Altere rapidamente", avaliou outro.
Os sócios prosseguem com as intervenções na Assembleia Geral e um sugere: "Quando é que será aberto o procedimento para expulsão de sócio de Luís Filipe Vieira?" Esta questão replica-se, com vários associados a pedirem a expulsão do antigo presidente do Benfica.
O orçamento para 2024/25 foi aprovado em Assembleia Geral. Apesar de a tarde de hoje ter sido quente, houve 47,61% de votos favoráveis, 43,2% contra e 9,19% abstiveram-se.
João Diogo Manteigas não foi meigo com Rui Costa quando teve oportunidade para falar durante a Assembleia Geral. "O que é que o senhor andou a fazer na SAD durante este tempo todo?", questionou o advogado, que dispunha de 2 minutos mas prolongou a sua intervenção. "Reconheço-lhe mais competência em campo", disse ainda Manteigas.
"Relativamente ao orçamento, quero congratular ter sido um trabalhador da SAD a apresentar um orçamento e não um elemento da direção. Dizem que o futebol feminino tem um custo elevado e tem de se tirar do clube, mas esquecem-se que o clube tem uma dívida à volta de 80 milhões para com a SAD e agradeçam ao antigo presidente por isso. Dívida essa que nos vão explicar com um contrato de reembolso à volta de 25 anos", começou por dizer.
"A auditoria foi entregue em maio deste ano? A auditoria acabou o ano passado, essa mesma auditoria que, obviamente, não deixa ninguém agradado. Foi entregue no dia anterior para ninguém ter hipóteses de levantar dúvidas. Não sei o resultado do orçamento, o que tenho a dizer-vos, meus caros amigos, é: 'Boa sorte para a próximoa época, pois será a sorte de todos nós. Sorte para uma coisa que não foram capazes de fazer nos últimos 3 anos: competência, uma competência que não é coincidente com a história do Benfica. Se querem resolver problemas internos, tragam-no cá para dentro, falamos perante a nossa família, não se resolve na comunicação social, resolve-se na nossa casa", prosseguiu.
"Já sei que todos os anos, na AG de prestação de contas ou orçamento, vêm sempre dizer que assumem responsabildiades. Por isso, exijo-vos coragem, sobretudo a si senhor presidente. O que andou a fazer nos 13 anos em que foi administrador da SAD, desde 2008 até julho de 2021? Tinha mais competência dentro de campo do que fora dele. Digo isto com alguma mágoa, pois é alguém que estava todos estes anos na SAD, cabia-lhe a si defender os nossos interesses dentro da SAD. Era visto como um de nós, mas parece que perdeu o fio à meada a partir de outubro de 2021", acrescentou depois João Diogo Manteigas.
"A auditoria incide sobre 51 contratos, os agentes receberam comissões superiores ao previsto. Em 15 casos, não se percebe os destinatários finais do dinheiro; em 10 casos, o agente tinha conflito de interesses com o jogador e o Benfica aceitou isso tudo. Já sei que vai defender que a auditoria não identificou situações em que a SAD tenha sido lesada pelos seus membros. Mas afinal de contas o que é que o Rui Costa andava a fazer na SAD todo este tempo? Acha que os sócios estão satisfeitos com esta análise feita por uma empresa que é parceira estratégica da Liga desde 2018? Acha que faz sentido dar poderes a um ex-diretor de comunicação do Benfica para tratar da transferência de Taarabt?", disse depois.
"Tenha coragem de auditar as 12 empresas relacionadas com o clube. Insisto, tenha coragem. Vai precisar dela para dizer não a Pedro Proença. Assuma e comporte-se como um verdadeiro presidente. Imponha a fé e visão do Benfica lá fora. Imponha o Benfica à FPF e à Liga, eles é que têm de andar atrás de nós, não nós atrás deles. Façam do Benfica a força motriz deste país", terminou.
"A política desportiva aplicada no ano passado foi a mesma que nos levou a ser campeões há 2 anos, não mudou rigorosamente nada. Não alterou rigorosamente nada em termos daquilo que é a política desportiva que nos fez ter sucesso num ano e não ter sucesso no outro. Conseguimos ser mais assertivos no primeiro do que no segundo ano, mas ainda assim a política desportiva do Benfica passou muito e teve aqui um período largo de tempo para passarmos de mais de 50 jogadores na folha salarial para aquilo que temos hoje, que são 39 jogadores, incluindo a equipa B, a grande maioria deles da nossa formação. A política desportiva passou, acima de tudo, por diminuir a quantidade de jogadores que tínhamos e concentrar todo o nosso valor económico naquilo que são jogadores para jogar no Benfica", disse Rui Costa.
"Faremos investimentos para o futuro, como fizemos com o Schjelderup e agora com o Prestianni. Quando acreditamos num valor jovem esta é a única forma de os podermos garantir, sabendo de antemão que muitas das vezes não estão prontos para chegar e jogar. Mas são jogadores de mais-valia futura, é isso que esperamos deles. Não vamos acertar em todos, mas passa muito por isto aquilo que temos feito nestes 2 últimos anos para dotar a equipa dos melhores jogadores. Foi isso que alterou a dinâmica, este ano houve jogadores que não tiveram impacto imediato em posições cruciais", acrescentou.
A flash interview após a goleada (0-5) no Dragão continua a dar que falar. Isto porque foi João Neves, poucos dias depois de perder a mãe, quem fez a análise ao jogo. Muitos benfiquistas exigiam que a presença do capitão Otamendi. "A revolta maior para o desabafo do Otamendi foi não ter falado no Dragão, como não poderia ter falado, pois estava castigado. Nenhum jogador do Benfica tem motivos para se lamentar de ter dado ou não ter dado a cara. Anualmente, todos os jogadores têm uma série de presenças, onde todos, mais ou menos de forma igual, representam o Benfica nas flashs ou nas conferências de imprensa. Sendo que os capitães têm mais presenças que os outros. Isto está estudado e posso-vos dar a média de quantas vezes o Otamendi falou, o João Mário falou... Isso nao é uma questão... Para o João Neves, garanto-vos a vocês, não foi um problema ter falado no jogo do Dragão. O João Neves tem uma importância no balneário que vocês não sabem, não conhecem..."
A contratação de Jurásek, por 14 milhões de euros no verão passado, tem motivado críticas dos benfiquistas. O jogador, que acabou por ser cedido em janeiro ao Hoffenheim, mereceu uma avaliação mais detalhada por parte de Rui Costa.
"Jurásek? Há uma máxima dentro do clube e faço questão de várias vezes conferir: podemos falhar o jogador, não o critério. Para todos os efeitos, cada contratação tem o seu trâmite e finaliza em mim. É o nosso procedimento. Estou a falar da política desportiva da minha gestão. E como tal, para todos os efeitos, a responsabildiade de uma aquisição falhada será sempre minha. Sou o último a ter a palavra e o último a dizer se pode ou não contratar. Jurásek é um ativo nosso. Quem contratou e o escolheu foram as mesmas pessoas que escolheram os jogadores que têm tido sucesso no Benfica. Não tem a ver com a qualidade do jogador, mas com a adaptação. Esses exemplos são muito claros", disse
O departamento de scouting do Benfica registou várias saídas nos últimos tempos. Desde logo a de Pedro Ferreira, chief scout há varios anos. "A equipa de scouting do Benfica... até isso é notícia. Não deixa de estar muito bem reforçada. Saíram scoutings, mas foram substituídos. Estão sempre a ser substituídos, é a área de maior desenvolvimento. Estamos neste momento extraordinariamente bem servidos e nenhum alarme por isso. A equipa de scouting do Benfica está preprada para todos os desafios que tem pela frente. Ninguém conhece o scouting das outras equipas, mas no benfica tudo é notícia. É a nossa grandeza e temos de a aceitar", disse Rui Costa, a propósito desse assunto. Recorde-se que, como o nosso jornal noticiou, Rui Pedro Braz assumiu o departamento após a saída de Pedro Ferreira.
"Têm acesso ao valor global do investimento nas modalidades. É difícil dividir isto por modalidades, mas andam à volta de 2 ou 2,5 milhões de euros. Estar a explicar o que gastamos no futsal, basquetebol, é estar a darmos aos nossos adversários... [ruído das bancadas]", começou por dizer Rui Costa relativamente ao assunto modalidades.
"Não nos podemos comparar a mais ninguém quer em orçamento, quer em número de equipas. E se quisermos colocar isto pelo valor da quotização, então temos de reduzir a qualidade das equipas ou diminuir o número das modalidades. Tem sido feito um esfoço enorme para que as nossas modalidades possam crescer, foi dito aqui também que não estamos contentes de ter ganho 8 em 12 ou 6 em 10, não estamos satisfeitos e por isso não paramos de investir, ainda que não basta o investimento é preciso política desportiva bem vincada. Esta direção foi toda a tarde julgada, pode agora defender-se?", disse.
Depois, o presidente do Benfica lembrou os feitos: "Esta direção, quando entrou, as modalidades estavam a ganhar no voleibol, não ganhava no hóquei e foi campeão nacional... Temos carências no masculino, o futsal, andebol... Quer no futsal, quer no hóquei em patins, o Benfica tem de voltar rapidamente a ser campeão europeu. No que diz respeito ao feminino, em que somos inequivocamente o expoente máximo do desporto feminino em Portugal. Só perdemos no voleibol e já é muito, ainda que tivessemos conquistado a Taça de Portugal. Posso dizer-vos que a modalidade feminina que mais subiu no orçamento foi o voleibol e vai repetir-se o mesmo esta época."
Rui Costa prossegue com as respostas às questões feitas pelos sócios. "Não é verdade que não fizemos tudo para ficar com o Grimaldo. Ele não é um aldrabão, mas o que para o Grimaldo seria um esforço, para nós era um esforço exagerado e valores aos quais não podíamos chegar. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. O mesmo fizemos com o Rafa, como faremos com todos os jogadores que achamos que têm qualidade para representar o Benfica", frisou o presidente dos encarnados.
"O nosso máximo, na altura, continuava a ser muito longe do que ele [Grimaldo] pretendia e que foi o que deve ter ido ganhar para onde foi. O esforço máximo para garantir um ativo importante é muito preferível do que ter de ir ao escuro buscar outros jogadores e falhar. Temos isso em consciência e não desperdiçamos o nosso talento só porque sim. Desperdiçamos o nosso talento se não tivermos capacidde para lutar por ele", refletiu ainda.
"A auditoria foi-nos entregue a 21 de maior de 2024, foi exaustivo. Relativamente aos cinco jogadores que vêm no novo processo, também já o expliquei, esta auditoria deveria ter sido feito aos 51 contratos. Agora, já foi iniciada nova auditoria aos novos cinco contratos. A nossa direção fará auditoria a todos os processos que estão no MP. A começar por mim, quem lesou o Benfica pagará por isso", disse o presidente do Benfica.
"Se foi uma surpresa para todos a saída dele, ainda mais foi para mim", atirou Rui Costa, sobre Luís Mendes, que se demitiu há alguns dias, uma notícia avançada em primeira mão por Record. ""Luís Mendes entrou em choque, de facto, em várias mátérias com a casa. Uma das quais, por exemplo, e é pública, que tem a ver com a política desportiva das modalidades amadoras. E sabem quantas vezes ele esteve no pavilhão no início do mandato e há quanto tempo não ia ao pavilhão?", disse depois, antes de deixar outra garantia.
"Não há uma desunião nesta Direção. Não há uma desunião, toda a direção está aqui presente, a dar a cara, ao contrário de um dirigente que saiu há 3 dias. Terá todo o direito à palavra e de vos explicar o porquê de ter saído do Benfica. É dificil explicar uma coisa que veio da cabeça do Luís Mendes, na terça-feira, quando comunicou que ia sair. Não havia nenhum indício de que ele iria sair, que não estaria aqui hoje depois de ter elaborado o orçamento. É por isso que estou aqui a dar a cara e é o mesmo que ele deveria ter feito", acrescentou.
Rui Costa responde a algumas das questões, mas não tem tarefa fácil. Enquanto fala, o presidente do Benfica é interrompido e insultado. "A contar comigo, quem lesou o Benfica pagará por isso", atirou, antes de acrescentar: "Quem não deve não teme e por isso pus a auditoria cá fora."
O presidente do Benfica volta a falar após uma pausa na AG. Rui Costa responde às questões feitas, quando ainda faltam falar mais de 50 sócios.
Reunião magna é interrompida 10 minutos.
Noronha Lopes também elabora uma série de questões. "É legítimo perguntar: perante tantas situações, que no mínimo são duvidosas ou suspeitas, o que fizeram os atuais membros da direção que integraram as antigas direções? Não estranharam? Não perguntaram? Como reagiram e o que sugeriram? Como é possivel que dezenas de jogadores tenham entrado no Benfica sem que o seu desempenho o justificasse e saíssem sem deixar qualquer rasto desportivo? Portanto, meus amigos, as conclusões desta auditoria não podem ser o fim da história. Exigem-se explicações e espera-se que face à gravidade dos factos, futuras auditorias não se resumam a incidir sobre investigações em curso pelo MP", atirou o ex-candidato à presidência.
"Senhor presidente, a união não se proclama. A união constrói-se. Como pedir união se não conseguimos que os próprios órgãos sociais estejam unidos? Como pedir união, sem que saiam notícias todos os dias que nao visam mais do que promover a divisão e o sectarismo? Como pedir união se até hoje continuamos sem saber a relação do clube com fornecedores, que fornecedores são, como foram escolhidos e quanto gastamos com cada um deles? Estaremos mais unidos quando surgirem respostas a estas questões, estaremos mais unidos quando sentirmos a cultura benfiquista que nos fez grandes: querer vencer, mas sendo competentes, ter as pessoas certas nos sítios certos e principalmente não normalizar a derrota, não nos socorrermos de estatísticas [ouve-se 'Benfica, Benfica, Benfica']. Senhor presidente, o Benfica estará mais unido quando existir transparência, frontalidade, quadrões éticos e morais inatacáveis, um projeto transformador, uma equipa que lance o Benfica para um novo ciclo de crescimento, uma liderança exemplar que se mostra pela ação , uma cultura fiel aos nossos pergaminhos", acrescentou.
Também Noronha Lopes se chega à frente, em Assembleia Geral. "Não normalizar a derrota", atirou o ex-candidato à presidência. No final da intervenção, os sócios atiraram: "Noronha a presidente!"
"Que banho de Benfica, que orgulho em pertencer a este clube. Senhor presidente, por diversas vezes reafirmou a importância de ter um Benfica unido. Julgo que todos estamos de acordo, mas nunca podemos confundir união com unanimismo. Hoje temos de ser consequentes, senhor presidente. Apresentar um relatório de auditoria forense com 200 páginas a 24 horas da AG que não visava discutir esta auditoria não é profisisonal, nem unuficador. E as conclusões desta auditoria devem suscitar a nossa preocupação", começa por dizer Noronha Lopes.
"Já aqui foi dito: dezenas de contratações sem validação do departamento de scouting, muitas comissões pagas acima do valor de mercado e inúmeros contratos com desconhecimento dos beneficiários finais do mesmo. É legítimo perguntar, perante tantas situações, que no mínimo são duvidosas ou suspeitas, o que fizeram os atuais membros da direção que integraram as antigas direções?", prosseguiu.
Um dos sócios que fala esta tarde, em Assembleia Gera, questiona Rui Costa sobre Bernardo Martins, cujo dossiê foi passado a pente fino e divulgado na auditoria forense. "Sabe em posição joga?", perguntou o associado, que obteve resposta negativa do presidente do Benfica. "Boa. Custou-nos 600 mil euros", atirou, de seguida, o benfiquista.
A auditoria, diga-se, detetou que o clube da Luz pagou 600 mil euros ao Leixões, por 75 por cento do passe de Bernardo Martins, conhecido por Benny, e que cedeu uma parte dos direitos económicos do jogador ao P. Ferreira, apenas seis meses depois.
Foi uma passagem fugaz a do médio pelo Seixal, onde, ao serviço da equipa B, limitou-se a realizar 12 partidas, na temporada 2018/19. Foi em janeiro de 2019 que foi contratado e no verão seguinte rumou ao P. Ferreira, a custo zero, e com os castores a ficarem com 35 por cento dos direitos económicos do jogador. De acordo com a auditoria, o Benfica não abdicou de 40 por cento do passe, o que, fica subentendido, ainda mantém.
O ambiente aquece ainda mais na AG. Há confrontos entre sócios nas bancadas da Luz. Relatos falam em agarrões pelo pescoço.
Mauro Xavier foi um dos sócios que se inscreveu para falar na Assembleia Geral da tarde. Enquanto discursava, ouviu-se: "Vieira!" Recorde-se que, a 30 de julho de 2020, Mauro Xavier assinou um artigo no Record em que apontou 11 razões para votar em Vieira.
Os sócios continuam a falar. Um dos associado questiona: "Qual é o Costa que manda?" Este benfiquista refere-se, para além do presidente do Benfica, a Nuno Costa, seu chefe de gabinete.
Depois de o primeiro sócio já ter abordado a auditoria forense, à boleia da qual pediu a demissão de Rui Costa, o segundo também confronta o presidente com a mesma questão. O timing da divulgação gera críticas.
Fala o primeiro sócio do Benfica. Lembrando a auditoria forense, divulgada ontem, o benfiquista pede a demissão de Rui Costa. E é apoiado: as bancadas replicam o pedido.
Fernando Seara, presidente da MAG, acaba de anunciar que há 79 sócios inscritos para falar. Cada um terá 4 minutos. "Não vou permitir insultos", garante.
"Relativamente aos FSE [Fornecimentos e Serviços Externos], tenho lido e ouvido muito durante estes dias. Mas vamos ser claros: tem sido um cavalo de batalha desta Direção estancar o crescimento anual dos FSE e garantir total prioridade à componente desportiva. Não há nenhum contrato que não tenha sido revisto e examinado em detalhe ao longo dos últimos três anos. É uma trajetória que está a ser revista e uma batalha que está a ser ganha apesar dos valores de inflação, dos compromissos assumidos e apesar de termos todas as equipas a competir na Europa como nunca tivemos, com todos os respetivos custos que tal representa. Insisto: tem sido das maiores batalhas internas garantir um investimento máximo na componente desportiva, diminuindo tudo o que é acessório. A prioridade máxima é vencer. Não vale a pena fazer disto um tema ou encontrar mártires onde eles não existem. Não contem comigo para aqui lavar roupa suja, não faz parte da história do Benfica, nem faz parte do meu caráter", sublinhou.
Terminada apresentação do orçamento para 2024/25, os sócios formam, agora, filas para votar.
Rui Costa prosseguiu o discurso afirmando que não admite que se coloque em causa "a seriedade e o carácter", da estrutura benfiquista. "Tenho assistido em silêncio a muitos ataques ao longo das últimas semanas, sobretudo nos últimos dias, mas é aqui diante dos sócios, diante de vós, diante da Família Benfiquista, que quero esclarecer tudo o que está a acontecer no Clube e deixar claro o rumo para o futuro. Podemos discutir política desportiva, podemos criticar e debater a estratégia do Clube, podemos discutir a minha liderança, mas não posso admitir que coloquem em causa a seriedade e o carácter de quem aqui está", afirmou.
"Fiz questão que todos pudessem ter acesso à auditoria antes desta Assembleia Geral. Fiz questão que todos pudessem, com ano e meio de distância, discutir os novos estatutos para o clube. Faço questão que todos os temas aqui sejam discutidos, num sentido democrático e com a transparência que o nosso Benfica nos exige", realçou o Presidente.
"Relativamente às questões da transparência e boas práticas: temos procurado informar os sócios de tudo o que fazemos. A cada mercado justifico cada uma das contratações, o seu racional e o que representa em termos de custos, bem como as vendas de jogadores. Fizemos uma auditoria a todos os contratos que estão na Operação Cartão Vermelho. Todos. Disponibilizámos essas conclusões aos sócios antes desta AG e entregámo-las ao Ministério Público. Vamos fazer uma nova auditoria aos contratos que estão sob investigação das autoridades, e assim será sempre que haja dúvidas por parte da justiça. Mais importante ainda, posso garantir que neste mandato praticamos as melhores práticas de compliance e aplicamos as indicações da FIFA para garantir total transparência", precisou Rui Costa.
"Relativamente à época desportiva, em duas épocas no futebol em que pudemos planear desde o início, ganhámos uma vez e perdemos outra. Sim, ficámos aquém do queríamos. Sim, foram cometidos erros que já estão identificados e vão certamente ser corrigidos para esta nova temporada. Uma época que considero muito abaixo das nossas expetativas irá permitir-nos na mesma, ao contrário de outros anos, marcar presença na Liga dos Campeões e no Campeonato Mundial de Clubes", lembrou.
"Ainda na vertente desportiva, no ano passado, contando todas as modalidades de pavilhão e futebol, ganhámos 8 em 12 Campeonatos, ganhámos o dobro daquilo que os nossos adversários ganharam juntos. Nesta época, e ainda que sabendo que a ausência de título de campeão no futebol nos deixa totalmente insatisfeitos, ganhámos 6 em 12 Campeonatos, podemos voltar a ganhar 8 em 12, contando com o hóquei feminino e masculino. Mais uma vez o dobro dos nossos adversários em conjunto e, afinal, parece que no Benfica tudo está mal e tudo precisamos de mudar. Exigência e ambição, sim. Mas não nos podemos autodestruir. Temos também de saber valorizar o que ganhamos. Já chegam todos os que nos querem abater pela nossa grandeza e por ser quem somos", destacou Rui Costa.
"A primeira nota que aqui quero deixar é sobre o orçamento e a estratégia que está por detrás do documento que aqui hoje submetemos à vossa aprovação. É um orçamento ambicioso, que mais uma vez privilegia a vertente desportiva e que pretende apetrechar as nossas equipas das melhores condições para ganharem. Ainda assim, trata-se de um orçamento equilibrado, responsável, que reforça a robusta situação económica e financeira que soubemos construir, fruto apenas do nosso trabalho e da gigantesca Família Benfiquista. E assim queremos continuar", vincou o presidente do Benfica.
"Mas este orçamento é também o reflexo da estratégia que seguimos e do que pretendemos para o futuro do nosso Benfica. Queremos um Benfica cada vez mais vitorioso. E daí esta aposta na vertente desportiva expressa nas linhas fundamentais deste orçamento, cuja componente mais técnica será daqui a pouco detalhada pelo nosso diretor financeiro, Paulo Alves", explicitou Rui Costa.
Quando abordou a questão dos direitos televisivos, Rui Costa mereceu aplausos. "No que diz respeito aos direitos televisivos, sabemos bem o que valor que temos. Acreditamos nesta altura e até prova em contrário que valemos mais sozinhos do que integrados numa centralização cujos valores finais de redistribuição ainda estão longe de ficar definidos [aplausos]. Nesse sentido estamos a trabalhar para que no período de 2026 a 2028 o Benfica prossiga o seu caminho e volte uma vez mais a garantir um valor justo pela dimensão da sua marca e da sua história. Já o disse e reitero: o Benfica não aceita receber menos do que recebe atualmente e não sairá prejudicado com a centralização dos direitos televisivos", atirou o presidente.
Para além da leitura das atas, a Assembleia Geral da tarde está também reservada para a discussão do orçamento para 2024/25. É Paulo Alves quem o apresenta, e não Luís Mendes, que se demitiu nos últimos dias. Ouvem-se aplausos.
"Não há crise de liderança no Benfica", atirou Rui Costa, que perdeu nos últimos dias Luís Mendes e ouviu pedidos de demissão. "Não há nenhuma crise de liderança no Benfica. Não há vazios nem ausência de decisão. O presidente do Benfica está aqui como sempre esteve, como também está aqui a sua Direção para dar a cara perante todos vós. Assumimos as nossas responsabilidades e temos um projeto para o futuro do clube. Não viro as costas nem fujo às minhas obrigações. Respondo por mim e pela minha equipa, mesmo por aqueles que decidiram sair. Vamos voltar a vencer no futebol, vamos continuar a vencer nas modalidades. O Benfica vai permanecer como o clube mais vencedor em Portugal como tem sido nas últimas décadas", acrescentou, antes de concluir: "Termino mostrando-me disponível, como sempre estive, para responder às vossas questões. Como é nosso dever e obrigação prestaremos todos os esclarecimentos que entenderem, com elevação e à Benfica. Viva." Enquanto se dirigia para a mesa, o líder máximo das águias ouviu mais gritos de demissão.
O ambiente está a ferver na Luz. E Rui Costa não está a ter vida fácil. Quando se preparava para discursar, o presidente do Benfica foi confrontado com uma assobiadela monumental. "Se puder falar...", chegou a dizer o líder máximo dos encarnados. Benfiquistas entoam: "Demissão!"
A reunião magna da tarde começa com a leitura das atas, como de resto estava definido. E os sócios dispensaram a leitura das mesmas, exceto a referente à AG de 2019. Nesse ano, recorde-se, Luís Filipe Vieira confrontou um dos sócios, apelidando-o de "ordinário", e muitos dos presentes dizem que lhe colocou a mão no pescoço. Os relatos da agressão constam na ata, entretanto aprovada, e o ambiente aquece. "Expulsão", gritam os associados.
Já arrancaram os trabalhos da segunda AG do Benfica, esta realizada no estádio dada a forte afluência. Estão milhares de sócios na bancada sul da Luz.
Os sócios do Benfica já começaram a entrar no estádio da Luz para a segunda AG do dia. Os trabalhos vão arrancar a partir das 16 horas, com a aprovação das atas das últimas 10 assembleias, entre as quais a de 2019 em que Luís Filipe Vieira, então presidente, insultou e apertou o pescoço a um sócio. Após a apresentação das atas segue-se a discussão do orçamento para 2024/25, que prevê um lucro de 4,5 milhões de euros. Os casos judiciais, a demissão de Luís Mendes, a má época desportiva do futebol e a relação tensa entre Roger Schmidt e os adeptos serão, certamente, abordados pelos associados no frente a frente com o presidente Rui Costa
A duas horas do arranque da segunda AG do dia, a CMTV avança que já se verifica um reforço policial junto à Luz. Recorde-se que a assembleia desta tarde, que tem início marcado para as 16 horas, será no estádio e não no pavilhão como a da manhã devido à grande afluência de sócios
A AG destinada à apresentação, discussão e votação da proposta de metodologia para discussão e votação das propostas de alteração dos Estatutos; e admissão das propostas de alteração já terminou e a proposta foi aprovada por maioria.
Os sócios já estão a sair do pavilhão, sendo que muitos nem sequer chegaram a conseguir entrar
João Noronha Lopes foi bastante aplaudido na sua intervenção na AG, em que apelou à serenidade e respeito entre todos os presentes, destacando a satisfação pela afluência de sócios ao pavilhão nº 2 da Luz.
"Em primeiro lugar congratulo-me com esta enorme manifestação de benfiquismo, de vitalidade e democracia do nosso clube. Em segundo lugar gostaria de dizer que hoje é um momento decisivo para a história do Sport Lisboa e Benfica. O projeto dos estatutos deve ser agregador já que é estruturante para o nosso futuro. E, como tal, como não posso deixar de felicitar o presidente da AG por ter criado as condições para que sejam aprovadas hoje propostas com várias alterações propostas pelos sócios", afirmou.
De seguida, o candidato derrotado por Luís Filipe Vieira em 2020 fez um apelo aos sócios para não decidirem nesta matéria dos estatutos à luz da atualidade desportiva. "Queria dizer duas coisas apenas. Primeiro é muito importante que nesta discussão dos estatutos os sócios votem em consciência mas que não liguem esta questão dos estatutos aquilo que podemos pensar que foi feito ou que não foi feito, aquilo que gostamos ou aquilo que não gostamos. Os estatutos são por si um elemento definidor do nosso futuro e portanto esta discussão tem de ser desligada de tudo o resto que rodear o nosso clube. Em segundo lugar, peço a todos que o exemplo de grandeza que já demos ao país com esta afluência extraordinária seja seguido de um exemplo de grandeza pela serenidade que deve rodear esta questão, pelo respeito que devemos ter uns pelos outros e pelas críticas construtivas que iremos fazer nas AG. Só assim o Benfica poderá avançar com o contributo de todos. Muito obrigado", finalizou, recebendo uma grande ovação.
O movimento 'Servir o Benfica' apela ao presidente da mesa da AG, Fernando Seara, para aguardar pela entrada dos muitos sócios que ainda não conseguiram entrar no pavilhão nº2 da Luz. Eis a mensagem do referido grupo de associados:
"Servir o Benfica congratula-se pela enorme adesão dos associados do clube às reuniões de Assembleia Geral.
Demonstração inequívoca, de quando as Assembleias Gerais são agendadas para dias não úteis, os associados do clube demonstram a sua enorme militância e amor.
Apelamos ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral para não iniciar os trabalhos até todos os associados que estão a aguardar no exterior, estejam devidamente acreditados e no interior do Pavilhão."
Viva o Sport Lisboa e Benfica!
João Noronha Lopes, candidato derrotado por Luís Filipe Vieira em outubro de 2020, foi muito aplaudido quando entrou no pavilhão nº 2 da Luz para a AG desta manhã e cuja ordem de trabalhos contempla a apresentação, discussão e votação da proposta de metodologia para discussão e votação das propostas de alteração dos Estatutos; e admissão das propostas de alteração. Ouviram-se vários cânticos de amor ao Benfica
Depois, a AG da tarde, remarcada agora para as 16 horas, começará com a aprovação de atas das últimas dez assembleias. Logo neste ponto há internamente a desconfiança que pode haver atas que não correspondem ao que aconteceu nas últimas reuniões magnas. Em 2019, recorde-se, Luís Filipe Vieira confrontou um sócios, apelidou-o de "ordinário" e há relatos de que lhe colocou a mão no pescoço.
Após a apresentação das atas, segue-se a discussão do orçamento para 2024/25. Pode ainda haver um período, fora da hora de trabalhos, para se discutirem outros assuntos quentes, mas os casos judiciais, a demissão de Luís Mendes, as modalidades, a má época desportiva do futebol e ainda a relação de Roger Schmidt com os adeptos serão certamente abordados.
O objetivo é discutir e aprovar a metodologia a seguir, como determina o artigo 81.º dos estatutos em vigor, aprovados em 2010. As alterações estatutárias, diga-se, têm de ser aprovadas por pelo menos três quartos dos votos dos sócios presentes na reunião magna. Ao que Record apurou, existem 3 propostas de revisão estatutária. A da Direção, que se inspirou em alguns pontos do projeto apresentado pela Comissão dos Estatutos no ano passado; a própria proposta da Comissão; e ainda uma outra do ‘Servir o Benfica’.
Entre outras convicções, este movimento defende que os estatutos devem ser votados ponto a ponto e não na generalidade. O ‘Servir o Benfica’ recusa ainda o voto eletrónico, por exemplo.
A primeira AG do dia começa com mais de hora e meia de atraso em relação ao previsto. O atraso deveu-se à adesão massiva de sócios. Por isso mesmo, a AG da tarde terá lugar no interior do estádio de modo a comportar os milhares de associados, com início marcado para as 16 horas
A AG da manhã estava agendada para as 10H30, mas as longas filas de sócios junto ao pavilhão da Luz adiaram o arranque dos trabalhos.
Bom dia! Vai ser um sábado longo e a ferver para o universo benfiquista. Pela primeira vez desde que terminou a temporada, Rui Costa vai enfrentar os sócios em duas assembleias gerais. E não serão poucos. Record sabe que é esperada uma grande afluência e há até um plano B: caso os 1.800 lugares do pavilhão número 2 da Luz não sejam suficientes, o Benfica encaminhará os associados para outro lugar e ontem já foram colocadas mesas e cadeiras no relvado.
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