Sessão chega ao fim e julgamento é retomado dia 14
Miguel Moreira, arguido no processo, ainda começou a ser ouvido, mas vai ter de continuar a dar prestações na terceira sessão de julgamento do processo Saco Azul, agendada para dia 14 de maio.
José Bernardes também foi ouvido na segunda sessão do julgamento
Miguel Moreira, arguido no processo, ainda começou a ser ouvido, mas vai ter de continuar a dar prestações na terceira sessão de julgamento do processo Saco Azul, agendada para dia 14 de maio.
Luís Filipe Vieira diz estar convicto que a acusação do processo Saco Azul não tem motivos e aproveitou para lembrar o trabalho que, juntamente com a sua equipa, desenvolveu no clube da Luz.
"De certeza que assinei o contrato referido na acusação, mas esses tipo de contratos não iam a Conselho de Administração. O que ia a Conselho de Administração era discutido futebol puro e duro. Muitas vezes, contratos de jogadores, só à posteriori é que iam a conselho de administração. Quem trabalhava comigo tinha autonomia completa. Eu só tinha mais olho nos contratos dos jogadores. Nunca tive um computador na minha vida. Papel e lápis. Tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvemos no Benfica, éramos um exmeplo em termos europeus. Há clubes que tentaram copiar-nos, revolucionámos muito em Portugal. Inovámos muito e em muitas áreas e graças aos profissionais que o Benfica tinha. Eu poderia ficar no Seixal e focado na formação. O Benfica chegou a ter um pico de endividamento de 380 milhões de euros e quando saímos o endividamento estava abaixo dos 100 milhões de euros. Desportivamente, tinha mais responsabilidade eu e o Rui [Costa], a termos de contas, outras pessoas e fomos a SAD que deu anos e anos de resultados positivos. Graças a estas pessoas", sustentou o antigo presidente dos encarnados.
Luís Filipe Vieira volta a demonstrar total confiança em Domingos Soares de Oliveira, tal como em Miguel Moreira.
"Ao longo deste tempo, criei uma relação forte com Domingos Soares de Oliveira. Passei a ter uma confiança muito grande nele e via a sua dedicação ao projeto. Dediquei-me mais às infraestruturas do Benfica, ao Benfica Campus. Quando as pessoas dizem que assinava de cruz. Inicialmente, não. Mas quando passei a trabalhar com ele, passado algum tempo, assinava de cruz. Confiava no Soares de Oliveira e nas pessoas que trabalhavam comigo, tal como as pessoas que estavam perto do Domingos Soares de Oliveira", explicou
Depois de José Bernardes ter sido inquirido durante cerca de cinco horas, chega o momento de Luís Filipe Vieira ser ouvido. E começa a ser questionado sobre como conheceu Soares de Oliveira
"Quando me tornei presidente do Benfica, percebi que deveria profissionalizar o Benfica. Só profissionalizando é que poderia ser útil ao Benfica. Passado cerca de um ano, pedimos a uma empresa para nos apresentar 3 CEO's que poderiam vir para o Benfica. O primeiro foi o Soares de Oliveira. A minha conversa com ele, foi que tenho a quarta classe e não falo em inglês, tenho ideias, mas preciso de alguém que as coloque em prática. Queria alguém à prova de bala. O Soares de Oliveira disse-me 'tenho um problema grave, não sou benfiquista, sou sportinguista'".
José Bernardes começou a ser ouvido na primeira sessão de julgamento e nesta segunda sessão ainda continua a ser inquirido. O empresário está agora a responder aos advogados de defesa, tendo começado Rui Patrício, causídico do Benfica, que procura perceber a relação com algumas pessoas do clube da Luz com quem trabalhou diretamente na implementação de sistemas e os valores praticados.
"Considero que era um valor justo para um trabalho preventivo, importante para evitar o colapso do sistema. Para uma Eempesa que fatura 300 milhões de euros, gastar um ou 2 milhões para prevenir que o sistema não cai, penso que é um valor justo", apontou o empresário..
Os trabalhos foram retomados depois da pausa para almoço. José Bernardes, um dos arguidos do processo continua a ser ouvido pelo coletivo de juizes.
Na pausa para almoço da 2.ª sessão de julgamento do processo 'Saco Azul', Luís Filipe Vieira foi questionado sobre a venda das ações que detinha do Benfica, bem como da nomeação do árbitro João Pinheiro para o dérbi da Luz (sábado, 18 horas).
A sessão foi interrompida para almoço e retomará às 14H30. José Bernardes seguirá a falar.
José Bernardes está a ser ouvido há mais de duas horas e meia, em pé, e pediu uma pequena pausa para medir o nível de glicémia. O empresário, que está perto do juiz a responder a algumas questões relativas às agendas que foram apreendidas pela investigação, foi buscar o telemóvel para medir a glicémia. Aparentemente, está tudo bem e José Bernardes continua a prestar declarações, mas o presidente do coletivo garante que vai ser breve.
José Bernardes continua a ser ouvido numa sessão que já leva mais de duas horas. Na sala, é notório o desconforto por tão longa inquirição. Por exemplo, Luís Filipe Vieira já saiu três vezes da sala enquanto Bernardes é ouvido.
Agora, estão a ser analisados três agendas do empresário e hipotéticos clientes, explicação de desenhos feitos nas páginas das mesmas e até pequenos apontamentos. Luís Filipe Vieira será o próximo a ser ouvido, mas, pode ter de ficar para a parte da tarde.
Já vai longa a sessão de esclarecimentos solicitada pela Procuradora do Ministério Público a José Bernardes e uma das questões que tem suscitado são os contratos celebrados entre as empresas de Bernardes e o Benfica. É que, de acordo com a investigação, não bate a bota com a perdigota no que a datas diz respeito. E José Bernardes mostra algumas dúvidas quando instado a responder.
"Comecei a fazer trabalhos antes dos contratos serem consumados", explica, mas a procuradora insiste e questiona porque é que em 2017 está a negociar com Miguel Moreira contratos que se reportam a datas anteriores: "Sei que houve contratos celebrados já depois dos trabalhos terem sido iniciados".
José Bernardes foi também questionado porque é que alguns contratos foram celebrados com a Benfica SAD e outros a Benfica Estádio.
"Não faço ideia. Quem definia eram os senhores do Benfica", atirou.
O antigo CEO da SAD encarnada vai ser ouvido no processo Saco Azul, mas apenas em junho. A confirmação foi dada pelo advogado Rui Patrício, que defende o clube da Luz e o agora CEO do Al-Ittihad. Como não reside em Portugal irá aproveitar-se o período de férias para marcar presença no Campus de Justiça para prestar declarações.
A Procuradora do Ministério Público questiona José Bernardes pelo facto de ter retirado a sua ligação à empresa Questão Flexível da sua página de Linkedin. Primeiro, o arguido nega que tenha feito: "Tenho muitas dúvidas que tenha feito alterações à minha página do Linkedin. Se retirei a referência à Questão Flexível é para mim uma surpresa", apontou, tendo sido, depois defendido por advogados dos arguidos, que desvalorizaram as perguntas sobre a rede social.
No entanto, pouco mais tarde, José Bernardes explicou que tal pode mesmo ter acontecido: "É um processo muito mediático e tenho uma filha na escola, mulher em casa, pais e irmão. Não por mim, mas este é um processo muito mediático. Se tiver a opção de retirar tudo o que está na internet relacionado com a empresa, por questões familiares, eu diria que retiraria. Não me recordo, mas se me perguntasse hoje, eu faria isso".
José Bernardes foi questionado pela procuradora do Ministério Público sobre as habilitações académicas para ter tamanha experiência na área das Tecnologias da Informação. O empresário revela que no curso que frequentou no ISCTE, não foi bem sucedido.
"Não fiz cadeira nenhuma no ISCTE", atirou, tendo sido questionado sobre que outros cursos frequentou para estar habilitado nesta área: "Frequentei escola Eudem, empresa de origem espanhola e que fez cursos cá em Portugal onde participei. Inscrevi-me para este curso porque esta escola tinha participação societária de um dos sócios da empresa onde trabalhava e a determinada altura convidou funcionários da empresa a fazerem este curso"
Além deste curso, José Bernardes explica que fez certificações do Microsoft que lhe permitiram ter capacidade para implementar o sistema da referida empresa.
Empresário explica trabalho efetuado ao serviço do Benfica e os motivos que o levaram a ser afastado do projeto e ter sido contratado Nuno Silva pelos encarnados:
"Depois deste processo acontecer e depois do que foi falado que eram as dúvidas relativamente a estes serviços, o que o Benfica fez foi pensar que era demasiado crítico para termos alguém externo ao Benfica a liderar isto", explicou, dando conta que a Dynetic continuou a trabalhar com o clube da Luz, noutras vertentes.
O empresário vai ser o primeiro a ser ouvido nesta sessão de julgamento do processo Saco Azul. Segue-se, depois, Luís Filipe Vieira.
Luís Filipe Vieira acaba de chegar ao tribunal e fala do dérbi de sábado, apontando a uma "onda vermelha". Garantindo não ir ao estádio da Luz no sábado, sublinha que nunca foi chamado: "Acha que alguma vez me convidaram?". Sobre a acusação ao empresário Miguel Pinho de corrupção desportiva para favorecer o Benfica, o antigo dirigente das águias não se alongou.
Depois de ter estado também na 1.ª sessão (a par de Rui Costa, que marcou presença no julgamento como representante legal do clube e da SAD dos encarnados) que decorreu a 9 de abril, Luís Filipe Vieira será apenas ouvido hoje. Nesse dia, o antigo presidente do Benfica atirou: "Acredito na Justiça e de certeza que não vai dar nada."
O julgamento em que o Benfica através de duas empresas do seu grupo empresarial, e três ex-dirigentes das águias (com Luís Filipe Vieira à cabeça) são acusados de 22 crimes, entre fraude fiscal qualificada e falsificação de documentos, prossegue hoje. Esta segunda sessão está reservada para os depoimentos de Luís Filipe Vieira e Miguel Moreira, outros dois arguidos, assim como José Bernardes deverá continuar a ser inquirido: o proprietário da empresa 'Questão Flexível' começou a ser ouvido na 1.ª sessão - reveja AQUI.
Os juízes que vão realizar o julgamento querem ter o processo terminado em dois meses. Segundo um despacho do juiz presidente, Vítor Teixeira de Sousa, prevê-se que as alegações finais de Ministério Público e defesas ocorram a 26 de junho.
Neste processo, está em causa um alegado esquema de pagamentos fictícios a uma empresa de informática externa ao grupo Benfica, a Questãoflexível Lda., num valor que ultrapassa um milhão de euros. Inicialmente, houve suspeitas de corrupção desportiva, já que o árbitro Bruno Paixão chegou a trabalhar para aquela empresa, mas estas nunca foram provadas.
De acordo com a acusação, confirmada em junho do ano passado por um juiz de instrução, o ex-presidente do SLB, Luís Filipe Vieira, será julgado por três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documento, assim como Domingos Soares de Oliveira, antigo administrador, e o ex-diretor financeiro do clube Miguel Moreira, sendo que estes crimes são também imputados em coautoria com a empresa QuestãoFlexível da qual é proprietário o empresário José Bernardes, que vai responder também pelo crime de branqueamento de capitais.Por sua vez, a Benfica SAD está acusada de dois crimes de fraude fiscal qualificada e a Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento.
As testemunhas serão ouvidas dia 14, da parte da manhã.
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