Este foi um daqueles jogos que, certamente, deixou um amargo de boca nos adeptos do Estoril. A formação portuguesa perdeu na receção aos russos doDínamo de Moscovo, por 2-1, mas ficou a sensação que poderia ter chegado mais longe, não só por ser batida pela margem mínima – e por Kléber ter falhado uma grande penalidade... –, mas, sobretudo, pelo futebol praticado, que não foi inferior, pelo contrário, a uma equipa experiente, composta por internacionais de vários países e onde militam craques como o francês Valbuena ou, por exemplo, o holandês Büttner, que chegou a ser campeão de Inglaterra pelo Manchester United, entre muitos outros nomes.
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José Couceiro apostou num onze equilibrado, bem organizado, desinibido até, que entrou em campo a comandar as operações, tentando ter a posse de bola para depois criar jogadas de ataque apoiado. Foi, por isso, natural que a primeira ocasião de perigo pertencesse aos portugueses, com Kuca a receber a bola na esquerda, a fletir para o interior e a rematar forte, com a bola, no entanto, a bater na autêntica muralha defensiva dos russos, composta por Samba (1,95 m) e Douglas (1,92 m).
Injusto
Com um 4x3x3, que podia transformar-se num 4x2x3x1 – Anderson Esiti ora jogava só como trinco, tendo Diogo Amado e Tozé à sua frente, ora com Amado a seu lado, permitindo que Tozé se juntasse a Kuca,Sebá e Kléber na frente –, o Estoril ia conseguindo criar espaços e chegar à área russa com perigo.
O intervalo veio com o nulo – antes, os estorilistas reclamaram penálti, mas o remate de Diogo Amado foi ao braço de Samba, que o tinha encostado ao corpo, sem o mexer –, mas acreditava-se que a vitória sorrisse ao Estoril na segunda parte.
A vitória chegou, sim, mas para os moscovitas. E tudo começou num erro de Anderson Luis, que até estava a ser um dos melhores em campo. Perdeu a bola em zona proibida, esta chegou a Kokorin, que teve espaço para procurar a melhor posição e rematar com violência de fora da área, fazendo a bola embater nos dois postes antes de entrar sem hipótese para Vagner (52’).
O Estoril não baixou os braços e teve três boas ocasiões em apenas 13 minutos, por Kuca (56’), Anderson Esiti (67’) e Kléber (69’). E, a melhor de todas, pouco depois (74’), quando Kléber permitiu a defesa a Gabulov numa grande penalidade assinalada por mão na bola de Douglas.
Quem não marca, sofre e o Dínamo chegou ao 0-2 por Zhirkov (80’). Yohan Tavares ainda reduziu (90’+5) e deu maior justiça ao resultado, mas já nada havia a fazer.
Melhor em campo: Valbuena
O internacional francês encheu o campo de magia, com fintas e passes para todos os gostos, criando desequilíbrios. E esteve ele em dúvida para este jogo!
Árbitro: Alon Yefet (nota 3)
Decidiu bem no lance do penálti de Douglas e esteve bem ao não assinalar a “bola no braço” de Samba na área. Apenas uma obsessão irritante com o local da marcação das faltas.
Número
1 Em cinco jogos, esta foi a primeira vitória do Dínamo de Moscovo frente a uma equipa portuguesa, depois de dois empates com o Boavista e de uma derrota e um empate com o Benfica.
Momento
O penálti falhado por Kléber, aos 74 minutos, foi uma das causas para a derrota estorilista. Daria o empate e, eventualmente, poderia motivar a equipa a chegar mais longe.