Foi grande a indignação dos adeptos portistas no final do jogo, naturalmente desagradados com o empate cedido nos instantes finais do encontro, quer dentro quer fora do estádio. Assim que Artur Soares Dias apitou para o centro do terreno, os jogadores do FC Porto não esconderam a desilusão, ficando cabisbaixos, e pouco depois caminharam em direção à bancada, liderados por Sérgio Conceição. A tensão começou assim que foram até junto do sector onde estavam os Super Dragões.
Fernando Madureira, responsável máximo da claque, tirou a camisola e bateu no peito com força, exigindo garra aos jogadores, num momento carregado de simbolismo. O grupo ficou largos minutos com os olhos postos na bancada a sentir a revolta dos adeptos, sem qualquer reação. Seguiu-se a habitual roda, que desta vez durou breves instantes, e que teve em Sérgio Conceição o protagonista. Houve quem aplaudisse, mas a nota dominante foi o coro de assobios e insultos, com os largos milhares de portistas que se deslocaram a Vila do Conde a manifestarem o seu desagrado.
Conceição questionado
Fora do estádio, depois da conferência de imprensa, o ambiente foi ainda mais tenso, com os jogadores a serem os primeiros colocados sob a ira dos portistas que se posicionaram perto do autocarro. Uma situação nunca vista nas últimas duas épocas e que culminou com a contestação a Sérgio Conceição, por este ter sugerido sair no final da temporada na sua intervenção aos jornalistas.
Os portistas não gostaram das palavras do técnico e viram essa reação como um atirar de toalha ao chão, situação de todo anormal no treinador. Sérgio Conceição foi até junto dos adeptos, muito exaltados, e trocou algumas palavras, logo seguido por Pinto da Costa, recolhendo depois ao autocarro. Um ambiente muito carregado à saída de Vila do Conde, mesmo tendo em conta que a equipa ficou um ponto à frente do Benfica. O problema é que o rival da Luz ainda joga amanhã em Braga.