A decisão está tomada: a estrutura de futebol do Sporting quer que o próximo plantel profissional dos leões tenha como teto salarial 1 milhão de euros brutos (ou seja, sensivelmente metade em valores líquidos, já aplicada a tabela máxima de descontos, que é de 49%).
A fasquia pretende ser a referência para a recomposição do grupo tendo em vista a temporada 2013/14. Como sempre acontece nestas situações, poderá existir uma ou outra exceção à regra, mas o facto é que a substancial redução de orçamento obriga o clube a apertar o cinto por forma a praticar vencimentos condizentes com a sua real situação financeira. Um dos casos que pode ser exceção é o de Rui Patrício, que aufere (já limpos) 1,1 milhões de euros anuais. Ainda assim, a possibilidade de o guarda-redes ser transferido está colocada sobre a mesa, não pelo critério de reduzir custos mas pela necessidade de realizar encaixes que permitam sanear os cofres da SAD.
Contas
Tendo em conta o novo limite, os dirigentes leoninos terão de encontrar solução para mais de uma dezena de jogadores que superam (e muito) os valores pretendidos para equilibrar a folha salarial. São esses os exemplos de Labyad, Miguel Lopes, Adrien, Jeffren, Boulahrouz, Capel ou Schaars, que terminaram a época no Sporting, ou ainda de Onyewu, Bojinov e Pranjic, que foram emprestados mas têm contrato válido com os leões, pelo que, se não encontrarem colocação, representarão um elevado acréscimo de encargos para a administração de Bruno de Carvalho.
Além destes, poderia referir-se igualmente a situação de Evaldo, que ganha 800 mil euros por época (tem contrato até 2014); ou a de Viola, que a partir de 2013/14 terá um aumento de 100 mil euros (de 600 para 700 mil euros anuais). O problema, de resto, não se esgota nestes números – os valores que Record reproduz são dos salários já livres de impostos. Em bruto (o indicador que define o teto) os vencimentos são bem mais pesados...
Rui Patrício é exceção à regra
Rui Patrício poderá não ser abrangido pelo teto salarial de 1 milhão de euros. O guarda-redes é o elemento mais bem remunerado dos leões, aufere 1,1 milhões de euros limpos por temporada e assim irá manter-se, caso não surja uma proposta à altura, pois é também o principal ativo da SAD. O cenário de venda, porém, ganha força no contexto da redução de orçamento. A cláusula de rescisão é de 40 milhões de euros.