Pesadelo de Maurício alastra à equipa

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A saída de Marcos Rojo para o Manchester United implicou uma reconfiguração do eixo central da defesa do Sporting e a assunção de maiores responsabilidades por Maurício. Aos 25 anos (entretanto já completou 26), o jogador que os leões contrataram ao Sport Recife, do Brasil, teve de enquadrar o francês Naby Sarr (21 anos) e foi obrigado a tornar-se líder do setor. Mas nem tudo lhe tem corrido bem.

Na abertura da Liga dos Campeões, a 21 de setembro, frente ao Maribor, na Eslovénia, o Sporting permitiu o empate (1-1) nos últimos instantes, depois de intervenções infelizes dos dois centrais. Iniciou-se aí um ciclo difícil para Maurício.

Nove dias depois, no clássico com o FC Porto, que o Sporting voltou a empatar (1-1), também não lhe correu bem, tendo-lhe valido uma nota negativa (2) na apreciação Record. Mais uma vez, a intranquilidade e alguns erros de posicionamento marcaram-lhe o rendimento. Mas a história no jogo com os portistas não acabou aqui. Uma fratura do supercílio – pequeno músculo localizado na sobrancelha – deixou-o marcado fisicamente.

A seguir veio nova partida da Champions, agora com o Chelsea, de José Mourinho, e as imagens de Maurício com o sangue a correr-lhe pela face impressionaram. Uma concussão cerebral, depois de choque violento com Diego Costa, tirou-o do jogo seguinte, em Penafiel, onde Paulo Oliveira assumiu a titularidade.

De seguida, quando o quadro parecia aligeirar e se anunciava a recuperação do central brasileiro, novo choque, desta vez num treino, com Dramé, provocou-lhe um traumatismo no nariz. O jogador conseguiu recuperar a tempo de jogar com o FC Porto para a Taça de Portugal, e embora o Sporting tenha vencido, a verdade é que Maurício podia ter sido vilão por ter cometido uma grande penalidade que Rui Patrício acabou por defender.

De regresso à Liga dos Campeões, desta fez frente ao Schalke 04, o defesa foi mesmo considerado por Record como o homem do jogo, mas pelas piores razões. Em 14 minutos viu dois cartões amarelos por faltas desnecessárias e deixou os leões em apuros numa altura em que estavam por cima do jogo.

O azar (?) do jogador brasileiro parece estar assim a afetar a equipa, cujo próximo onze na Champions não vai incluir o nome do defesa, por se encontrar a cumprir o devido castigo. Resta saber o que vai na cabeça de Marco Silva e se também ele pensa castigar o central no encontro do campeonato, frente ao Marítimo, devolvendo a confiança a Sarr, também ele já com histórias de final infeliz para contar.

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