No dia em que o Vitória celebra o 103º aniversário, o presidente dos vimaranenses, António Miguel Cardoso, comentou os principais temas da atualidade do clube. Depois do hastear da bandeira no Estádio D. Afonso Henriques, o dirigente falou sobre as atuações da equipa A e dos projetos para o futuro.
Qual é a principal mensagem que gostava de deixar aos associados do Vitória no dia do 103º aniversário do Vitória?
É um dia em que estamos todos de parabéns. O clube está de parabéns, os associados estão de parabéns, a cidade está de parabéns. O clube está bem vivo e por isso é sempre uma mensagem de esperança e de apoio a este grande clube.
Como é que realmente sente o Vitória neste dia do 103º aniversário, quer a nível social, quer também a nível interno?
Eu sinto o Vitória como um clube com grande vitalidade. Acho que o Vitória nos últimos anos tem crescido bastante, tem-se solidificado a todos os níveis, não só na equipa de futebol, mas também ao nível de infraestruturas, modalidades, futebol feminino, formação, a nível do futebol profissional também. Este ano existiram algumas mudanças que já estavam previstas, portanto nada foi feito ao acaso. Agora, o mercado muitas vezes demora a funcionar, nem sempre é como nós queremos. Era preciso fazer uma renovação, era preciso ter uma equipa mais jovem. Temos um balneário preparado, temos uma equipa técnica também preparada, estamos estáveis, estamos a trabalhar bem. Temos um clube na equipa B cheio de promessas, temos um clube cheio de vitalidade, temos a água a correr, que era aquilo que era importante. Nós sentíamos que havia aqui algumas pedras que dificultavam o movimento e a vitalidade do clube. É uma mudança de ciclo, mas pensada, equilibrada e de forma até a sustentar o clube no futuro.
E entende que os sócios já compreenderam essa mudança de ciclo?
Nós estamos aqui, como Direção e Administração, para tomar as decisões que achamos que são as melhores para o clube e os sócios. Sabemos também que os resultados que vão aparecer acabam também por ajudar os sócios a equilibrar. Olhando para a equipa do Vitória neste momento, temos jogadores cheios de orgulho e cheios de vontade de respeitar o Vitória. Precisávamos efetivamente ter uma equipa mais jovem, precisamos ter uma equipa com fome. Neste momento temos muita fome competitiva e muita humildade. Precisávamos um bocadinho menos de vaidade no nosso balneário e acho que isso foi feito. Acho que o Vitória para se sustentar precisava desta mudança, muito contente com aquilo que foi feito até agora, mas neste momento era preciso uma mudança e cá estamos todos para dar a resposta e convencidos todos que é o melhor para o Vitória e que o futuro vai ser risonho.
Afirmou que agora há menos vaidade e mais fome. É um recado para quem saiu?
Não, não é um recado. Eu acho que são ciclos e nós tivemos aqui uma equipa que fez um grande trabalho, mas que há determinados momentos em que as pessoas, os jovens e os jogadores também querem sair e querem procurar outras oportunidades e eu acho que isso é normal. Aquilo que nós queremos é que quem está cá que olhe sobretudo para o clube, e eu acho que isso neste momento acontece. Quero que pensem no clube, que tenham tenho orgulho em representar o Vitória e isso é o mais importante. Portanto, neste momento nós sentimos que as coisas estão dessa forma e por isso estamos satisfeitos. Estamos com um balneário cheio de vontade, estamos com uma equipa técnica, como tenho dito, cheia de vontade. Todos os associados, toda a administração temos visto isso em campo. Sabemos que não é fácil, que há uma mudança de ciclos e que as coisas não são fáceis, mas acreditamos que vamos dar resposta. Queremos que os sócios confiem, nos ajudem a que no final da época tenhamos todos alegrias.
Além de já ter assumido o objetivo dos cinco primeiros lugares ao nível de futebol, tem algum outro desejo que gostaria de ver cumprido ao longo deste ano?
Acho que neste dia é importante falar muito do clube e daquilo que é a vitalidade do Vitória. Falando de mim, que acho que não é o propósito, mas respondendo-lhe, acho que sou uma pessoa que veio para o Vitória por amor ao clube, mas com objetivos bem traçados. Acho que eu defino os objetivos e gosto de os cumprir. Muito temos feito, acho que a nível desportivo são três anos com muitos recordes, a nível financeiro temos vindo a tentar reestruturar e equilibrar aquilo que nós herdamos, que era complicado. Continuo a dizer, estou aqui para cumprir os objetivos e se eu os cumprir, muito bem, acho que as coisas estão bem e devo continuar, se eu não os cumprir, obviamente não fico satisfeito e nem acho que os sócios devam ficar satisfeitos, portanto, isso é muito claro. Em relação a mais objetivos, temos sempre. Gostava que o futebol feminino se sustentasse, que o futebol de formação continuasse a trazer os jogadores para a equipa A, a equipa B que mantenha a vitalidade que tem neste momento, porque nós sentimos claramente que os jovens sabem que podem olhar para cima, porque o clube está vivo. Acho que hoje em dia sente-se essa abertura e essas oportunidades no clube todo. Depois o resto, ao nível das infraestruturas, posso-lhe dizer que uma das coisas que vamos fazer agora, e que é importante, é cobrir o campo 5. Também queremos cobrir o campo 1, porque nós sentimos que os pais e mesmo os pais dos jovens atletas e mesmo as equipas que nos vêm visitar não têm condições. No campo 6 também temos já previsto fazer uma cobertura da bancada, são coisas que nós vamos fazendo lentamente, mas achamos que são importantes para aquilo que é o bem-estar dos associados do Vitória.
Será possível avançar alguma novidade no campo da parceria com a Vsports?
O Vitória tem uma parceria, aliás a VSports tem uma percentagem daquilo que é a estrutura acionista do Vitória, neste momento as coisas estão estáveis, estamos a estudar formas até de fazer um refinanciamento, de fazer novas abordagens à parceria, mas os primeiros a saber serão os sócios em Assembleia Geral, acho que não é o momento certo para explicar.
Por Bruno Freitas