Gonçalo Pinto estreou-se pela equipa principal do Vitória no jogo com o Vilafranquense, da Allianz Cup. Hoje esteve numa visita à Escola EB 2,3 de Abação, em Guimarães, no âmbito na iniciativa da FPF "A Liga 3 vai à Escola".
Como viveu a estreia pela equipa principal no jogo da Taça da Liga frente ao Vilafranquense?
GP - Foi muito gratificante porque é algo para que trabalhava há muito tempo. Alcançado esse sonho de me estrear pela equipa principal do clube que represento há 12 anos leva-me a querer trabalhar ainda mais para continuar a ter mais presenças na equipa A.
Estava muito nervoso antes de entrar em campo?
GP - Confesso que até ao momento de entrar não estava tão nervoso, mas quando fui chamado comecei a sentir as tais borboletas na barriga. Depois de entrar em campo, algo a que estou habituado, fiquei tranquilo depois dos primeiros passes.
Espera que tenha sido a primeira de muitas oportunidades na equipa principal do Vitória?
GP - Acredito que sim, que foi a primeira de muitas oportunidades.
De que forma é que os jogadores que começam nos escalões de base vêm as portas que o clube tem aberto para a equipa principal?
GP - A aposta na formação tem crescido ao longo dos anos. Ver que essa aposta tem aumentado é muito bom, é algo que nos dá ainda mais crença de chegar ao objetivo. Se calhar, há cinco ou seis anos era muito mais difícil do que é agora. Além disso, vimos o André Almeida sair por milhões para jogar num grande clube da Liga espanhola. Essa aposta na formação, que tem crescido, é muito boa para nós.
O teu irmão, Alex Pinto, também se estreou com a camisola principal do Vitória. Como é que ele viveu este momento?
GP - O meu irmão é o meu ídolo, tento seguir o que ele tem feito em função do que tem alcançado. Sou capaz de acreditar que ele estava mais nervoso do que eu. A primeira mensagem que li depois de ter acabado o jogo foi a dele, disse-me que estava a suar por todos os lados de nervosismo. Tenho um irmão, um ídolo que me apoia.
O treinador da equipa principal, o Moreno Teixeira, passou por estes caminhos. Como veem isso?
GP - Não vou dizer que é uma vantagem, porque como o treinador diz, nós temos de ganhar as oportunidades. O facto do míster nos conhecer da época passada, porque trabalhamos em conjunto na equipa B, pode ajudar a essa aposta. Já trabalhou no clube, passa a mística do que é jogar num clube diferente dos outros, um clube muito grande.
Concretizado o primeiro sonho, tem outras metas dentro do Vitória como conquistar troféus?
GP - Qualquer jogador de futebol pensa em conquistar títulos e em chegar a patamares muito altos. O sonho de me estrear na equipa A passou a ser um objetivo concretizado, agora quero pensar em objetivos a curto prazo, quero continuar a ser uma aposta forte na equipa B para depois, daqui a um ou dois anos, ser um jogador importante na equipa principal. Mais tarde, poderei pensar em grandes clubes europeus.
O trajeto da equipa B não tem correspondido às expectativas. Que mensagem podem deixar aos adeptos?
GP - Não foi o começo que desejávamos, mas não é como começa, mas sim como acaba. Temos muitos jogos pela frente, a equipa está a ganhar confiança e ligações mais fortes. Acredito que nos próximos jogos vamos dar uma resposta melhor e alcançar objetivos que estavam definidos no início do ano.
Como foi este contacto com os adeptos mais jovens?
GP - Confesso que foi a primeira vez que estive assim tão próximo dos adeptos. Quero ter estas atividades solidárias mais vezes com as crianças porque infelizmente nem todos nascemos com as mesmas possibilidades e é muito importante poder ajudar quem mais precisa. Ver estas crianças receber estas pequenas coisas e a darem-nos abraços é uma das coisas mais gratificantes que podemos ter.