Luís Villas-Boas Pires explica novo quadro regulatório de agentes da FIFA no Thinking Football

Aproxima-se a par e passo o dia 18 de novembro, que marcará o início do Thinking Football, congresso que decorrerá até dia 20, no Porto, e no qual várias figuras das altas patentes do futebol estarão presentes para discutir o presente e o futuro da modalidade.

Com efeito, um dos oradores convidados será Luís Villas-Boas Pires, Head of Agents FIFA e simultaneamente responsável pela implementação do novo quadro regulatório de agentes de futebol.

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Um tópico que promete revolucionar o funcionamento do mercado e que será tema de conversa no congresso, palco ideal para o efeito. "Um dos projetos que estamos a implementar na FIFA é a criação de um novo quadro regulatório de agentes de futebol. Tem um impacto relevante no mercado para benefício de todos. Julguei que pudesse ser um bom palco para explicar, juntamente com outros intervenientes, as novas regras que vão ser implementadas no próximo ano. É sempre uma honra voltar ao meu país para partilhar a minha experiência atual", começou por dizer o especialista em direito desportivo, a Record, referindo que a presença de tantos intervenientes diferentes do mundo do futebol no mesmo evento será importante para também ouvir as diferentes perspetivas.

"Pode ser um bom palco para explicar o objetivo que a FIFA pretende implementar e ouvir o ponto de vista de clubes, jogadores, agentes quanto à reforma. Obviamente, um dos aspectos positivos no âmbito de um processo consulta é discutir perspectivas distintas. Obviamente por vezes temos consenso, outras vezes não temos, mas tentamos fazer o melhor para proteger o sistema de transferências, embora existam agentes que não concordem com a implementação do mesmo", apontou, ainda antes de explicar ao detalhe o novo regulamento.

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"Divido o novo quadro em cinco princípios. Primeiro, a reintrodução de sistema de licenciamento obrigatório, que inclui requisitos de formação continua. O objetivo é elevar os padrões profissionais. Vamos introduzir um exame para aceder à profissão de agente e requisitos de formação contínua. Para manter a licença terão de ser realizados cursos com créditos de formação contínua. Vamos criar uma plataforma online onde se podem aceder aos cursos e exame. O segundo principio é o sistema de resolução de litígios, entre clubes, jogadores, treinadores e agentes. Vai ser criada uma Câmara no tribunal do futebol para resolver litígios. O terceiro ponto é o limite nas comissões para evitar práticas excessivas e abusivas e para proteger o bom funcionamento do sistema de transferências. O quarto é a proibição de representação múltipla, para evitar conflitos de interesses. Por fim, todas as comissões relativas a transferências vão ser pagas através de uma câmara de compensação para garantir transparência financeira. São os 5 pontos principais do novo quadro", acrescentou.

Importância dos agentes não pode ser relativizada

Os agentes são, há já algum tempo, uma peça importante na máquina que é o futebol. Uma importância que Luís Villas-Boas Pires não relativiza. "Eu acho que são importantes como qualquer outro interveniente. Federações,  clubes, jogadores, treinadores, ligas. Todos podem e devem contribuir para um melhor funcionamento do mercado . Foi com alguns dos agentes que iniciámos este processo de  mudança para o atual quadro regulatório. Têm obviamente uma palavra a dizer e são e vão ser parte deste novo sistema que vamos criar. Vamos criar um grupo de trabalho para monitorizar a aplicação do novo regulamento", frisou.

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Por Pedro Morais
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