E o ''chicote'' não pára

E o ''chicote'' não pára
• Foto: Associated Press

Ser treinador no futebol brasileiro sempre foi uma profissão de risco, mais do que na generalidade dos outros países. O actual campeonato brasileiro não está a fugir à regra, bem pelo contrário. Os números são elucidativos: foram 23 chicotadas psicológicas em apenas 20 jornadas, envolvendo 17 das 24 equipas participantes. Fluminense, Grémio, Paraná, Criciúma, Fortaleza e Juventude já mudaram por duas vezes o seu comando técnico.

A última vítima da lei do chicote foi o uruguaio Darío Pereyra, demitido por causa dos maus resultados. Foi o segundo despedimento de Pereyra na competição. A primeira foi logo após as primeiras jornadas do Brasileirão, quando deixou o Paysandu. Para o lugar de Darío Pereyra o Grémio anunciou Nestor Simionatto, que foi atleta do clube na década de 80 e que iria treinar o modesto São José, do Rio Grande do Sul.

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O campeonato brasileiro de 2003, que é o primeiro da história no disputado sistema de pontos corridos, está a apresentar um ritmo louco no que diz respeito a demissões de treinadores e, também, na compra e venda de jogadores. Os números são muito mais elevados nas demissões de técnicos do que no ano passado. Em 2002, 26 equipas disputaram a competição e em apenas 14 delas houve mudança de treinador. Em 2001, com 28 equipas na competição, aconteceram 16 "chicocitas psicológicas".

Os clubes também estão a perder alguns de seus principais jogadores, justamente no meio do campeonato. O Vasco negociou vários atletas para o estrangeiro, como Souza e Léo Lima, que foram para a Bulgária, Henrique (Coreia do Sul) e Marques (Japão).

Outros exemplos: Kléberson trocou o Atlético Paranaense pelo Manchester United; Rodrigo Fabri, ex-Sporting, deixou o Grémio para regressar ao Real Madrid; Athirson, que saiu do Flamengo para voltar a Juventus. No final da semana passada Deivid, um dos melhores marcadores do campeonato, foi negociado pelo Cruzeiro com o Bordéus, da França.

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Nova Iguaçu "rica" com negócio Deivid

Deivid já foi apresentado pelo Bordéus e será o substituto de Pauleta. O curioso da história é que o avançado brasileiro, artilheiro do Brasileirão 2003, foi vendido a contragosto do Cruzeiro, pois havia uma alínea do contrato em que o clube era obrigado a vender o jogador se aparecesse uma proposta no valor de cinco milhões de euros.

Mas quem saiu a lucrar foi (imagine-se!) o... Nova Iguaçu, clube da III Divisão do Rio de Janeiro e onde Deivid se estreou a nível profissional em 1993, que dará as boas-vindas a 70 por cento desse montante.

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