Renato Paiva contesta regra do campeonato mexicano e dá Benfica como exemplo

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Técnico do Toluca desde finais de 2023, Renato Paiva encontra-se bem posicionado na tabela do torneio Apertura do campeonato mexicano (é 4.º, com 18 pontos), mas corre sérios riscos de ser punido pela Liga MX, tudo por não cumprir uma das regras da prova. Em causa está a obrigatoriedade de ter, pelo menos, 1.000 minutos jogados na fase regular por jogadores Sub-23, algo que, com mais de metade da prova disputada, está longe de alcançar - tem 405 minutos, faltando por isso 595.

Por isso, esta segunda-feira, após a derrota diante do Santos Laguna, deixou críticas a este modelo e garantiu que não irá mudar as suas opções para se enquadrar com a regra. "Não vou colocar jogadores só por ser obrigado. A minha responsabilidade é que o Toluca ganhe e hoje [segunda-feira] não ganhou. Os bons, os que trabalham, os que são sérios, os que têm boa base, acabam por aparecer. Nós temos de trabalhar com os que não são tão bons, há que trabalhá-los, mas na base, não é de um dia para o outro", atirou o técnico português, que depois utilizou o exemplo luso para contestar as regras impostas pela FMF e pela Liga MX.

"Se querem encontrar soluções para o futebol mexicano, não é assim. É essa a minha opinião. Não estou contra ninguém. Sabem qual é o limite de estrangeiros em Portugal? Não há, porque se trabalha muito bem na base. Porque a Federação decidiu com os clubes trabalhar num caminho igual para ambos, com tempo, paciência e estrutura. Nos últimos 10 anos o Benfica vendeu 550 milhões de euros em jogadores da formação, mas demorou 10 anos para consegui-lo. É óbvio que é mais fácil ao Paiva apostar numa estrutura que está bem trabalhada e com tempo", acrescentou.

Caso acabe a fase regular com menos do que os necessários 1.000 minutos de jovens, o Toluca do técnico português perderá 3 pontos na tabela e ainda terá uma redução de 30% nos ingressos pelos direitos de formação.

Por Record

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