Paulo Ferreira levou demasiado à letra o desejo de Scolari ver toda a equipa a meter o pé com afinco, quer em jogos particulares quer a sério. E o pé que meteu permitiu a vantagem da Eslováquia logo aos 8', através de um "penalty".
Condicionada pela desvantagem no marcador, a selecção portuguesa viu-se aflita para ultrapassar o bloco eslovaco. Se é verdade que usou o pé, como Scolari queria, faltou-lhe usar a cabeça, sobretudo quando Deco "desapareceu" da partida.
O empate acaba por ser um bom resultado, pois coloca a qualificação nas mãos de Portugal, que recebe de seguida a Eslováquia.
Sete chaves
Pela primeira vez na fase de qualificação, Portugal viu-se a perder. E o adversário aproveitou para fechar a casa a sete chaves, deixando o grandalhão Jakubko no ataque e preparando Mintal e Nemeth para os rápidos contra-ataques.
Ao contrário do que Scolari temia, o futebol aéreo da Eslováquia nunca constituiu problema. Pelo contrário, foi a artilharia terrestre a causar problemas. E se Ricardo não se tivesse esmerado para travar um remate de Nemeth (o reencontro após o Sporting-Middlesbrough), o prejuízo no marcador poderia ser maior ao intervalo.
Apesar da troca de bola constante, o meio-campo português nunca conseguiu sair do garrote. Hanek vigiou Deco como se da sua sombra se tratasse, Karhan e Hlinka não tiveram dificuldades em imobilizar Costinha e Maniche.
Portugal viveu dos espasmos de Ronaldo, também ele obrigado a recuar para procurar a bola, mas a baliza de Contofalsky só surgiu apetecível quando Pauleta libertou Simão. O benfiquista, ante o guardião, atirou à figura.
A Eslováquia, afinal, foi uma montanha que pariu um rato. Foi uma equipa coesa a defender, mas não arriscou nada no ataque e esperou que o tempo desse razão à fórmula do contra-ataque. Mas, como se viu após o intervalo, eram só boas intenções.
Postiga, quem diria
Portugal regressou ao relvado mostrando as mesmas deficiências, sobretudo na construção do ataque, uma obra sempre inacabada, para desespero de Pauleta, que acabou por ser o sacrificado.
Scolari surpreendeu na troca. Retirou de campo o único ponta-de-lança, em claro défice de produção, para colocar a menos provável alternativa. Nuno Gomes ficou no banco e não cumpriu a 50ª internacionalização. Quem entrou foi Hélder Postiga, um avançado que encontrou na Selecção a solução para os problemas da época.
Depois de 15 minutos desbaratinados, sem cabeça pensante, Portugal dá o mote para chegar ao empate. Postiga testa a resistência eslovaca num remate frouxo, Ronaldo proporciona bela defesa a Contofalsky e é Postiga quem chega ao golo. Curiosamente, na sequência de um canto e cabeceamento de Ricardo Carvalho. Afinal, as bolas aéreas foram amigas.
Descompressão
Scolari começou então a corrigir a equipa. Retirou Paulo Ferreira, em noite desastrada (quase repetiu o "penalty" do Chelsea-Barcelona) e pediu maior controlo de bola aos seus jogadores.
Claramente, o empate servia os propósitos de ambas as equipas, motivadas pelo resultado da Rússia na Estónia (1-1). A recta final da partida mostrou isso mesmo: "sem" Deco, incapaz de manobrar o ataque, Portugal entrou em piloto automático e a Eslováquia nada fez para apertar a defesa contrária.
Só nos minutos finais Portugal abanou, no último fôlego da formação da casa. Então já se saboreava o empate como um bom resultado.
Árbitro
Alain Sars (3). Corajoso ao apontar a grande penalidade de Paulo Ferreira sobre Mintal, não entendeu o mesmo em lances de mão (casuais) do mesmo Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho. De resto, controlou a partida sem grandes problemas e a nível disciplinar esteve correcto.
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