Torneio de Toulon: Espírito de equipa contra futebol malandro

Toulon – A selecção nacional tem sábado oportunidade de rectificar a derrota sofrida na final do ano passado ante a Colômbia, embora o adversário que vai defrontar se apresente como equipa extremamente complicada, conforme o demonstrou quinta-feira ao impor-se à França.

Portugal nunca perdeu com os colombianos nos 80 minutos, vencendo uma vez e empatando nas restantes quatro (a derrota só surgiu no desempate por “penalties”).

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“O comportamento dos jogadores tem sido positivo e, embora nesta altura não estejamos a cem por cento, espero que se transcendam sob o ponto de vista do desgaste físico. A Colômbia defende muito bem, sai para o contra-ataque de modo perigoso, destacando-se aquele bloco de cinco elementos do meio-campo para diante, cuja mobilidade é enorme. Não são fáceis de marcar e jogam há muito tempo juntos, pois os passes já saem quase sem olhar. Praticam aquilo a que chamamos o futebol malandro tipicamente sul-americano, pelo que serão necessários espírito de equipa e concentração para os vencer. Também temos jogadores que desequilibram e tentaremos quebrar o enguiço de não vencer desde 1992”, referiu Violante.

Colômbia cuidadosa

Até se qualificar para as meias-finais, Reinaldo Rueda utilizou 16 dos 22 elementos de que dispõe, sendo Martinez, Mosquera, Garcia, Lopez, Bustos e Valdez titulares indiscutíveis. Além disso, foi o único técnico a debater-se com as dificuldades inerentes a uma expulsão (Ramirez), embora por acumulação de cartões amarelos, no jogo ante a Itália, estando o futebolista disponível para actuar sábado.

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Rueda, que no ano passado já era o responsável pela selecção colombiana, mostra-se cauteloso, elogiando os portugueses ao estabelecer um paralelo entre as duas edições. “Portugal tem uma equipa muito forte, criativa, poderosa na finalização e com elevado grau de maturidade, tratando-se de um rival difícil, enquanto a minha, apesar de tecnicista, rápida e coesa, é talvez menos forte e experiente que a anterior. Os portugueses confirmam aqui o bom trabalho nesta categoria etária e jogadores como o 13 (Postiga), o 18 (Bosingwa), o 2 (Pedro Oliveira) e o 10 (Lourenço) são excelentes.”

O treinador colombiano destaca Chara (terceira presença em Toulon) e Mosquera na sua equipa, embora saliente ser este um conjunto “muito equilibrado”.

Na edição do ano passado, Chara apontou um golo no empate (1-1) com Portugal durante a primeira fase. Que a história não se repita...

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Bolsa de apostas

Entre os jogadores da selecção nacional reina a confiança de que na final de sábado à tarde surja a segunda vitória portuguesa no Torneio Internacional de Toulon, depois da conquista de 1992. Todos apontam para o triunfo luso numa espécie de bolsa de apostas em que o mais confiante é o portista Pedro Oliveira, indicando o 3-0 como resultado provável.

Quanto aos restantes, o triunfo à tangente surge em maioria e apenas o também portista Joca, espelhando a força de vontade reinante no grupo, optou por dizer que “importante é ganhar, nem que seja por meio a zero”.

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Vejamos os palpites dos restantes 18 elementos:

– 1-0: Moreira, Ricardo Costa, Bosingwa e Miguelito;

– 2-1: Bruno Aguiar, Jorge Ribeiro, Postiga, Lourenço, Miguel, Bruno Tiago, Pedro Neves, Varão e Carlos Martins;

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– 2-0: Luís Olim, José Eduardo e Manuel Vieira;

– 3-1: Bruno e Kipulo.

Resta dizer que a selecção passeou sexta-feira por Sanary, voltando aos treinos no fim da tarde, como habitualmente. Boa disposição numa sessão descontraída, sempre com a camaradagem e o espírito de equipa bem presentes.

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Os vencedores

Recorde-se que o festival de Toulon realiza-se desde 1967, com o seguinte rol de vencedores: Anderlecht (1967), Polónia (1974), Argentina (1975), Bulgária (1976), França (1977), Hungria (1978), URSS (1979), Brasil (1980), Brasil (1981), Jugoslávia (1982), Brasil (1983), França (1984), França (1985), Bulgária (1986), França (1987), França (1988), França (1989), Inglaterra (1990 e 1991), Portugal (1992), Inglaterra (1993 e 1994), Brasil (1995 e 1996), França (1997), Argentina (1998), e Colômbia (1999 e 2000).

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