Ijmuiden - Amesterdão e Ijmuiden "conhecem-se" através do canal do mar do Norte, que liga o dito mar ao mar Marketmeer, uma enorme zona de água destinada a ser transformada em terra seca, num dos muitos planos audaciosos do povo holandês para ganhar espaço ao oceano. Serve esta introdução para situar o encontro com o "bom gigante" da selecção checa, o avançado Jan Koller, senhor de 2,02 metros de altura e mais de cem quilos. Com os óculos, até parece uma pessoa incapaz de fazer mal a uma mosca, mas, para os guardiões que o enfrentaram em 14 jogos da selecção, a figura terna não engana. Koller é um goleador letal, com 13 golos ao serviço do país.
Mas nem sempre foi assim. "Aos 27 anos alcancei uma posição que não imaginava no início da minha carreira. É um milagre, pois comecei a jogar há 20 anos e jamais pensei em participar num Europeu." Koller era um "escravo" da falta de talento no Sparta de Praga, onde estava cotado como terceiro ou quarto ponta-de-lança, não passando de um tosco substituto de outro gigante da área, Lokvenc.
Tornou-se "gladiador" na Bélgica, no modesto Lokeren, clube para o qual foi desterrado e onde foi obrigado a lutar se queria ser alguém no futebol. "Tinham uma má imagem de mim na República Checa, por isso fui para a Bélgica começar do zero. Acertei na aposta." O escravo aprendeu a marcar golos e logo o Anderlech o transformou num general da grande área, de eficácia brutal. A selecção chamou-o pela primeira vez a 9 de Fevereiro de 1999 e acabou por ser a grande revelação da fase de qualificação para o Europeu, ao marcar seis golos nas últimas quatro partidas da República Checa. E Lokvenc, que tapou o caminho no Sparta a um gigante desengonçado, é, na equipa nacional, suplente dessa "triste" figura.
A Holanda confia em Jaap Stam (1,91 m, 90 k) para travar Koller. "É um dos melhores defesas da Europa e sei que vai jogar duro comigo", referiu o checo. "Já o defrontei e sei como é duro pará-lo", acrescentou o holandês no final do treino que a "Laranja" realizou sábado na Arena de Amesterdão. Quem os entrevista de perto não pode evitar ser confrontado com a semelhança física. "Já me disseram que era irmão do Stam", disse Koller em tom sério, como que antevendo um verdadeiro encontro de "irmãos" hoje e na próxima época, se o interesse do Manchester United no seu concurso se materializar, agora que Van Nistelrooij viu a sua partida para Inglaterra inviabilizada por uma grave lesão.
A Arena é o palco ideal para Koller glorificar o seu triunfo sobre os "imperadores" das verdades futebolísticas: "Sei que não sou um virtuoso de técnica mas encontrei o meu lugar neste jogo e ninguém pode dizer que não sou útil. Só preciso de acreditar nas minhas capacidades e de ganhar a confiança dos treinadores."
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