Emiliano Martínez: «Tínhamos o controlo, dois remates de merda e empatam o jogo»
Guarda-redes argentino lamentou que França tenha marcado nos "três remates" que fez e disse estar sem palavras

Emiliano Martínez foi preponderante para a conquista do Mundial'2022 ao defender um penálti de França no desempate por penáltis. No final do encontro, aquele que foi eleito o melhor guarda-redes da prova, comentou algumas defesas que fez e lamentou que dois "remates de merda" tenham levado ao prolongamento.
"Tínhamos o controlo e dois remates de merda e empatam o jogo. Fizeram três remates e marcaram três golos. Dissemos que o destino era sofrer. Adiantámo-nos com 3-2, é assinalado outro penálti, que marcam, e quase que nos marcam outro. Graças a Deus, parei com o pé", começou por referir o guardião do Aston Villa.
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"Podia ter defendido o primeiro [penálti de Mbappé], mas atirei-me mal. Depois fiz tudo bem", acrescentou, antes de terminar: "Não tenho palavras para isto. Fiquei tranquilo na discussão dos penáltis, tudo saiu como queríamos. Fui muito jovem para Inglaterra. Dedico esta vitória à minha família."
Rodrigo de Paul também abordou a partida e revelou não estar à espera deste desfecho. "Somos campeões do mundo, nunca imaginei, nunca me imaginei a segurar a taça. Nascemos para sofrer, isto é o que nos endurece, nós, argentinos, somos assim. Seremos eternos com o que conquistámos. Estamos no topo do mundo e penso que merecemos. Carregamos a bandeira da Argentina em todo o lado; Oxalá (os argentinos) estejam tão felizes como nós", frisou o médio do Atlético Madrid.
Já Nicolas Tagliafico falou sobre o sofrimento ao longo do torneio e, em especial, na final. "Apesar de tudo o que se viu neste Mundial, chegámos com muita tranquilidade. Já o tinha dito no jogo anterior, se não se sofre não vale a pena, e hoje tínhamos de sofrer um pouco mais. A todos os argentinos [dedicar a vitória], a todos que apoiaram esta equipa durante três anos. A vitória? Serve de exemplo para que possamos continuar no futuro e darmo-nos conta de que juntos somos melhores", sustentou o defesa do Lyon.
Paulo Dybala destacou que a conquista "vai ficar para a história". "Queremos levantar a taça e festejar ali [com os adeptos]", frisou o avançado da Roma, enquanto Leandro Paredes não conseguiu expressar em palavras o que sentiu.
"Não há palavras para descrever isto. Mesmo no melhor sonho, nunca pensei que conseguiria. É para o povo. Para os argentinos, para as crianças que não puderam estar. Será difícil de voltar à terra depois do que conquistámos. Estamos muito felizes, trabalhámos duro para conseguir isto", afirmou o médio da Juventus.