Escândalo nos Estados Unidos: pai de Gio Reyna terá chantageado selecionador em pleno Mundial
Claudio Reyna ameaçou denunciar caso de violência doméstica a envolver Gregg Berhalter

Promete ser um dos casos que vai fazer correr (muita) tinta no futebol norte-americano nos próximos tempos. Segundo adianta a imprensa local, os pais de Giovanni Reyna terão chanteageado o selecionador Gregg Berhalter em pleno Mundial'2022, ameaçando divulgar publicamente dados referentes a um episódio de violência doméstica ocorrido há 31 anos, entre o técnico e a sua então namorada - que agora é sua esposa.
Segundo a ESPN, Claudio Reyna, um ex-capitão da seleção norte-americana, e a sua esposa Danielle enviaram várias mensagens a ameaçar expor a situação nos primeiros dias de dezembro, numa altura na qual a relação entre Berhalter e o seu filho Giovanni estava bastante fragilizada, especialmente depois do selecionador ter apontado que o jogador do Borussia Dortmund iria ter pouca participação no Mundial'2022.
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As primeiras mensagens chegaram a 11 de dezembro, tendo a US Soccer entrado em contacto com o selecionador sobre o tema. Nesse mesmo dia, Gregg Berhalter terá chegado mesmo a ponderar expulsar um jogador do grupo norte-americano. Na altura o nome do futebolista não foi divulgado, mas os fãs rapidamente começaram a especular que seria Reyna - algo que viria a confirmar-se.
Nas redes sociais, durante o dia de ontem, Gregg Berhalter confirmou a abertura de um inquérito por parte da US Soccer, os factos de 1991 e também ter sido ameaçado. "Durante o Mundial, um indivíduo contactou a US Soccer, dizendo que teria informação que iria 'dar cabo de mim', numa aparente tentativa de tentar aproveitar algo muito pessoal, que aconteceu há muito tempo, para acabar a minha relação com a US Soccer".
Em seguida, o técnico lembrou o que aconteceu na tal noite. "No outono de 1991, conheci a minha alma gémea. Tinha acabado de fazer 18 anos, era caloiro na universidade quando conheci a Rosalind. Namorávamos há quatro meses quando aconteceu um incidente entre nós, que acabou por moldar a nossa relação. Numa noite, quando estávamos a beber num bar, eu e Rosalind discutimos, tornou-se em algo físico e eu dei-lhe um pontapé nas pernas. O meu ato não tem qualquer desculpa, foi um momento vergonhoso, que me vou arrepender para sempre. Na altura pedi-lhe imediatamente desculpas, mas naturalmente ela não quis mais saber de mim. Assumi responsabilidades pelos meus atos, as nossas famílias souberam de tudo", partilhou o técnico, que sete meses depois reataria uma relação que perdura até agora.