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Fernando Santos: «Para nós também é um jogo de 'vida ou morte'»

Selecionador português faz a antevisão ao encontro com a Macedónia do Norte

Fernando Santos fez esta segunda-feira a antevisão ao jogo de amanhã contra a Macedónia do Norte (19h45), que vai decidir qual das seleções garante vaga no Mundial'2022.

Bernardo Silva ontem disse que não sabia o que esperar da Macedónia. Partilha a mesma incerteza? Torna a tarefa mais difícil?

"O Bernardo partilha seguramente a mesma opinião. Já começaram a ver como eles jogam, não só no último jogo, que pode deixar uma marca não tão verdadeira. Contra a Itália foi um jogo de sentido único, mas eles tiveram muita qualidade a sair para o contra-ataque, mas isso não retrata a Macedónia. Quando analisámos outros jogos, até contra a Alemanha, vemos que jogaram dois jogadores que não jogaram contra a Itália, incluindo o melhor jogador deles, o Elmas e o Bardhi. Trazem capacidade de posse, de jogar... temos de estar preparados para todos os momentos, para responder ao bloco baixo deles, procuram sair mas não têm medo de recuar se for preciso. São bastante fortes nisso, têm jogadores muito rápidos e, quando iniciam a manobra ofensiva, tentam sempre sair a jogar através do guarda-redes. Quando não conseguem, colocam a bola mais longa porque também têm essa capacidade. Conhecemos bem a Macedónia e temos de responder à altura. Este até pode ser o jogo das vidas deles, mas para nós também é, e é assim que temos de responder, com entrega, determinação, intensidade, espírito de sacrifício e vontade".

Ponto de vista emocional, até que ponto a Macedónia ter eliminado a Itália aumenta ou diminui a pressão?

"A pressão que temos de ter é de estar no Qatar, é a única em que nos devemos focar. Falamos sempre em nomes mas eles estão aqui por mérito próprio, ganharam na Alemanha. A Macedónia, nos últimos 5 jogos que fez fora, só perdeu um e ganhou três. Goleou a Arménia, e venceu Itália e Alemanha. Se não olharmos para eles como um todo, claro que vamos correr riscos. Temos um objetivo claro, que é estar no Qatar. Começámos contra a Turquia e amanhã temos de o repetir. A nossa capacidade ofensiva depois há de libertar o jogo para nós."

Está contente por não jogar frente a Itália? Que pensa do Mundial sem eles?

"Não estou nem contente nem deixo de estar contente. Estou contente por Portugal ter vencido a Turquia e por ter feito um bom jogo. Era um adversário difícil, sabíamos que tínhamos de vencer para estar nesta final. Vamos fazer de tudo para conseguirmos estar presentes no Mundial".

Quais as variações que vai pedir à equipa para este jogo relativamente à da Turquia? Ajustes táticos...

"A Turquia era um jogo, estudámos a Turquia, conhecíamos a organização defensiva e ofensiva deles. E agora estudámos bem a Macedónia, o processo defensivo, como é que precisamos de colocar as nossas dinâmicas em jogo. Ontem fizemos isso, hoje trataremos do processo ofensivo deles e a estratégia será montada consoante as dinâmicas do jogo, que é o que é fundamental. Não é por jogar A, B ou C mas sim pela estratégia e dinâmica do jogo".

Este é o cenário ideal? Em termos mentais, a diferença entre as duas equipas pode ser o maior obstáculo?

"É o cenário ideal, sim, porque como dizia aqui o Cristiano, contamos com o apoio incondicional dos 11 milhões de portugueses. Estiveram aqui a sofrer por Portugal contra a Turquia, a apoiar, e é isso que vamos ter seguramente amanhã. Dizer que eles são 'mais fracos' é o caminho errado. O melhor cenário de todos é pensar que vamos defrontar a Macedónia como teríamos de defrontar a Itália".

Quer tentar acabar os 90 minutos mais tranquilo do que contra a Turquia?

"O que desejo é isso, mas o que vai acontecer no jogo não sei, não tenho dotes de adivinho. Cá fora é fácil, todos conseguimos explicar, mas lá dentro as coisas não são como sempre pensamos, podem haver variações e eles é que têm de tomar as decisões certas lá dentro. A partir do momento em que lá entram, eles assumem quase o papel de treinadores. O que desejo é que a equipa ganhe e acredito que vá ganhar, com mais ou menos sofrimento. Até porque já tenho alguma idade e o meu coração não aguenta isto tudo depois. Temos de ganhar, ganhar e ganhar".

Por Record
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