Cabe a Deschamps decidir se fica
Desbloqueou a renovação ao atingir as meias-finais, mas irá refletir sobre o tema no final da prova

Didier Deschamps tem a faca e o queijo na mão relativamente à continuidade no cargo de selecionador de França. O seu contrato com a federação (FFF) expira no final do mês, mas o facto de ter qualificado os bleus para as meias-finais do Mundial permite-lhe tomar a decisão quanto ao futuro. É isso que está inscrito no atual vínculo contratual, tendo ele deixado anteontem, após a vitória (2-1) sobre Inglaterra, de estar dependente da vontade da FFF. Refira-se, no entanto, que Noël Le Graët, presidente da FFF, já por mais de uma vez confessou que é a favor da continuidade de Didier Deschamps, negando qualquer contacto com Zinédine Zidane, o putativo sucessor.
O treinador francês de 54 anos está ao leme da seleção desde 2012 e atribui pouca importância ao facto de ter conseguido abrir a porta da renovação automática. Tudo indica, claro, que Didier Deschamps irá continuar no cargo por mais dois anos, ou seja, até ao Europeu de 2024, mas o técnico avisa que essa situação será alvo de uma aturada reflexão depois do Campeonato do Mundo. Até lá, o seu foco está apenas direcionado para a prova do Qatar. "Depois veremos isso, tudo a seu tempo. Claro que é bom ter conseguido atingir as metas traçadas pela federação", assinala Didier Deschamps.
Marrocos é o rival de França nas semifinais [quarta-feira às 19h], olhando Didier Deschamps com desconfiança para a equipa que derrubou Espanha e Portugal. "Estão nas meias-finais com todo o mérito, ninguém lhes pode tirar isso. Já não são uma surpresa e não podem ser subestimados", avisa o técnico.