Assalto à muralha
Franceses estão avisados para a solidez defensiva dos polacos e preparam quatro trunfos no ataque

Beliscada pela desaire frente à Tunísia que impediu um previsível pleno na fase de grupos, a seleção francesa reagrupa forças para continuar a defesa do título conquistado em 2018. "É o início de uma nova competição", como frisou Didier Deschamps.
O primeiro obstáculo será uma Polónia que, tendo no goleador Lewandowski a maior ameaça, preocupa mais os franceses pelas capacidades defensivas. E não é por acaso. Os polacos sofreram dois golos até ao momento, ambos frente à Argentina, com o guardião Szczesny em destaque. "Tiveram de defender nos três primeiros jogos. Defenderam muito e muito bem. Adoram estar nessa posição", lembrou o técnico gaulês, que deve regressar à fórmula utilizada frente à Dinamarca, com Griezmann, Dembélé, Giroud e, claro, Mbappé. Sobre Lewandowski, Deschamps reconhece a qualidade - "Com ele, qualquer bola pode ser perigosa", disse - mas garantiu que não será o foco único e rejeitou comparações com Mbappé: "Deixo isso para vocês. São jogadores de classe mundial, mas com estilos diferentes."
Já o guardião Lloris desvalorizou o facto de igualar hoje Lillian Thuram como o jogador com mais internacionalizações (142) pela França e foca-se na Polónia. "Todos os detalhes contam. Vamos precisar de todo o nosso talento, mas também de uma certa de descontração, exigência e concentração", afirmou.
Estratégia que dá garantias
Curiosamente, é o estilo defensivo destacado por Deschamps que tem valido críticas a Czeslaw Michniewicz desde que assumiu a seleção polaca no início do ano. "As equipas que não defendem bem vão ver pela televisão. Foi a nossa estratégia para passar da fase de grupos e que nos vai permitir jogar contra França. Procurei, mas não encontrei nenhuma fraqueza naquela equipa", disse o selecionador polaco.