Fernando Santos e a agressividade do Uruguai: «Entraram a tentar assustar-nos. Não havia necessidade...»
Selecionador nacional abordou a forte entrada dos uruguaios no encontro que terminou com um triunfo português por 2-0

As declarações de Fernando Santos à Sport TV+ após o triunfo sobre o Uruguai (2-0) na 2.ª jornada da fase de grupos do Mundial'2022, resultado que apurou a Seleção Nacional para os oitavos de final da competição.
Portugal mais superior durante grande parte do jogo?
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"Sim, acho que sim. Entrámos muito bem no jogo, com muita rotatividade, mas sempre muito bem organizados, a reagir bem à perda a não permitir aqueles que eram os momentos importantes do Uruguai que era o ataque rápido e o contra-ataque. Eles entraram ali muito agressivos, a tentar assustar-nos, mas penso que não havia necessidade de terem feito isso naqueles primeiros minutos. A equipa reagiu muito bem, com muita confiança e sobriedade. E depois a partir de um determinado momento do jogo, muito bem a circular muito bem a bola e a levar o adversário para trás. Mas a partir dos 30 minutos - ao contrário do último jogo em que demos o salto para a frente -, trocámos muito cá trás, com o guarda-redes, os centrais... A equipa desmembrou-se e de repente começámos a jogar a dois [no meio-campo] e deixou-nos o lado esquerdo vazio. Criou-nos complicação. O João teve de baixar muito naquela zona e depois não conseguia aparecer na zona da área. Acabámos por ter alguma dificuldade e foi aí que eles até criaram algumas oportunidades de algum perigo. Disse aos jogadores ao intervalo que tínhamos de pegar no nosso jogo, trocando, jogando, aparecendo com confiança. Este é o nosso jogo e precisávamos de pegar. Houve algum cansaço, podiam ter entrado outros, mas são 26 e podem jogar todos. O importante é que ganhámos e ganhámos bem."
A escolha sobre William para o 'miolo'
"Jogadores com muita rotatividade, o João, o próprio Ronaldo, o Bernardo, o Bruno... e o William é muito cerebral, a bola corre rápido com um dois toques, um dois toques. Também podia ter tomado outra opção. Era preciso que a bola rodasse com alguma simplicidade e o William tem isso. Além disso, também temos outras questões que são importantes na análise às bolas paradas. Isto tudo pesa. Mas poderiam ter jogado outros jogadores e teriam respondido da mesma maneira."
Momento de aflição e substituições
"Estavámos a começar a ficar encostados às cordas, a equipa estava a recuar muito, o William também já estava desgastado porque entretanto já tinha saído o Bruno... O Félix também, o próprio Cristiano que trabalhou muito e ajudou muito a equipa o jogo todo. Mas naquele momento também já estavam a ficar desgastados. Os jogadores que saíram não foi porque estavam mal. Nas minhas contas falta um jogo, depois a seguir é que vão mais alguns", terminou.