"Futebol profissional não se joga em relvado sintético". É com esta frase que termina o comunicado conjunto que vários futebolistas profissionais que atuam no Brasileirão, entre eles Neymar, têm vindo a publicar esta terça-feira nas redes sociais com vista ao fim dos relvados sintéticos nos estádios do campeonato brasileiro. Nomes como Cédric Soares, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Bruno Henrique ou Gabigol juntaram-se ao craque do Santos com o intuito de dar ainda mais voz às críticas sobre a utilização de relvados sintéticos nas competições de futebol no Brasil.
"Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está a tomar. É absurdo termos que discutir relvado sintético nos nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que o nosso futebol tem, isto nem deveria ser uma opção. A solução para um relvado mau é fazer um relvado bom, simples. Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do relvado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso onde os atletas jogam e treinam", pode ler-se no comunicado partilhado por vários futebolistas.
Em jeito de resposta à onda de críticas que se gerou nas redes sociais, o Palmeiras, clube que efetivamente utiliza relvado sintético no seu estádio, o Allianz Parque, emitiu um comunicado defendendo que o relvado utilizado no seu recinto é certificado pela FIFA, onde acrescenta ainda que "não há qualquer comprovação científica de que o risco de lesão em campos artificiais seja maior do que em campos naturais (...)."
O comunicado do Palmeiras:
"Diante da publicação realizada em conjunto por alguns jogadores contra a utilização de relvados artificiais no futebol brasileiro, a Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que:
- O campo sintético do Allianz Parque é certificado pela FIFA, que realiza inspeções anuais desde a sua implementação, em 2020, a fim de aferir que o piso siga os mesmos parâmetros de um campo de relva natural em perfeito estado;
- Não há qualquer comprovação científica de que o risco de lesão em campos artificiais seja maior do que em campos naturais. Pelo contrário: recente estudo publicado pela revista "The Lancet Discovery Science" aponta que a incidência de contusões em jogos de futebol disputados em relvados artificiais é inferior à de lesões em campos naturais;
- Diferentes levantamentos realizados por veículos de imprensa mostram que o Palmeiras, ao longo dos últimos cinco anos, é o clube da Série A do Campeonato Brasileiro com menor número de lesões;
- O clube respeita a opinião dos atletas que manifestaram preferência por campos de relva natural e considera urgente o debate sobre a qualidade dos relvados do futebol brasileiro; este problema, contudo, não será solucionado com críticas rasas e sem base científica", pode ler-se.
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