Steven Gerrard fez parte da chamada geração de ouro do futebol inglês, mas agora, numa conversa com Rio Ferdinand, contou que "odiava" o ambiente da seleção. O antigo jogador do Liverpool explicou ainda que a equipa nunca ganhou nada porque os jogadores levavam para as concentrações o "ódio imaturo" das rivalidades dos clubes e que isso refletia-se depois nos resultados da equipa.
"Penso que éramos todos um grupo de egoístas derrotados. Hoje vejo na televisão o Carragher sentado ao lado do Paul Scholes num debate e parece que são amigos há 20 anos. Vejo o Carragher com o Gary Neville e também parecem amigos há 20 anos. Eu sou provavelmente mais próximo de ti [Rio Ferdinand] agora do que quando jogávamos, há 15 anos. Então, por que razão não conectávamos uns com os outros há 20 anos? Era o ego? A rivalidade? Por que razão somos agora todos mais maduros?", questionou o antigo capitão da seleção inglesa.
"Penso que era a cultura que reinava na seleção. Não éramos uma equipa. Éramos apenas um grupo de indivíduos com talento e quando a assim é as coisas não funcionam", acrescentou.
O ambiente não era o melhor. "Eu odiava. Não desfrutava. Houve dias em que me sentia em baixo, muito em baixo. Pensava 'estou neste quarto há sete horas, o que vou fazer?'.
Isto não quer dizer que Gerrard não gostasse de representar o seu país. "Adorava os jogos, gostava de jogar por Inglaterra Sentia-me orgulhoso. Gostava dos treinos, mas isso era 90 minutos por dia... Depois, ficava sozinho. Não me sentia parte da equipa, não me sentia ligado aos meus companheiros."
O problema era que a rivalidade dos clubes era levado para as concentrações. "Havia amargura, um pouco de ódio. Mas quando se pensa nisso agora, olhando para a idade que tenho e tendo passado pelo papel de treinador, é um pouco imaturo. Deveria também ter havido mais ênfase por parte do staff para nos dizerem 'ouçam, precisam de esquecer isso por agora’. Precisávamos de nos conectar desde o primeiro dia, de ter mais atividades, mais tempo fora dos quartos, mais tempo juntos. “Porque se tivéssemos sido mais uma equipa, mais juntos , se gostássemos mais uns dos outros, acho que isso teria sido mais evidente nos nossos desempenhos.”
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