Com o Moreirense no pensamento até no… casamento

Com o Moreirense no pensamento até no… casamento

Uma sessão fotográfica em pleno estádio de futebol; um casamento no qual, ao contrário do habitual arroz, os recém-casados foram brindados com tochas e fumos verdes à saída da igreja; e até o nome do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas na mesa do copo d’água. Aqui há amor. Aqui há amor à camisola. Eis a vida de Márcio Teixeira e Débora Alves, um casal que se conheceu pelo contacto nas redes sociais, mas que o Moreirense ajudou a unir (ainda) mais.

"Há quem ache que é uma história de loucura, mas para mim foi normalíssimo", diz-nos Márcio, natural de Lordelo, de 27 anos, sócio há mais de 10 e para quem este amor à camisola o leva mesmo a dizer "estar disposto a tudo pelo clube".

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Mas de onde vem toda essa devoção e essa paixão pelo clube de Moreira de Cónegos? A resposta dá-se pelo começo. Pelo começo da própria vida. "É um bocadinho o acreditar nas nossas raízes. Foi aqui que eu cresci, foi aqui que aprendi a ler, escrever e andar, não fazia sentido não apoiar um clube que não fosse este". Mesmo assim, lamenta que não haja mais adeptos assim. "Não somos o tipo de adepto que vai ver o Moreirense porque o Moreirense vai ganhar. Sabemos as possibilidades que temos, sabemos a nossa realidade, mas no entanto estamos sempre lá. Acreditamos naquilo de que gostamos, naqueles valores que se identificam connosco. É aquilo que temos de apoiar, independentemente do resultado", explica.

E por falar em valores, do Moreirense destaca dois ("humildade e sinceridade"), os quais aplica diariamente na sua vida. "Identifico-me muito com o clube porque acho que ali a palavra tem mais valor do que qualquer papel assinado. Isso é algo que está muito nos meus valores também, porque dou muita importância à minha palavra e tento cumprir sempre", assegura.

Um museu a caminho

Márcio e Débora ainda não têm filhos, mas o aviso está feito, ainda antes sequer de o bebé nascer. "Se não for do Moreirense, deserdo-o", diz-nos entre risos, revelando depois que está a recolher objetos do clube para, no futuro, construir um museu para mostrar ao seu futuro filho. "Tenho já 20 camisolas e alguns cachecóis alusivos a vários jogos e conquistas. Tenho muitas recordações guardadas lá em casa."

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Recordações que vai mostrando aqui e ali, mas se o objetivo for convencer alguém a ser adepto do Moreirense, então a missão é fácil. "Levá-los ao estádio é o suficiente. Ver o apoio e o amor que as poucas pessoas da vila têm pelo Moreirense durante 90 minutos acho que convence qualquer pessoa."

Primeira é sempre especial

Foi dada por Bruno Moreira, aquando da subida do clube à Primeira Liga, em 2011/12. "Felizmente tenho várias camisolas, e o sentimento agora acaba por ser normal, mas aquela foi especial. Pelo momento que vivi com ela e porque foi a primeira que recebi de um jogador. Não há palavras para descrever."

Curiosidades

» O primeiro jogo que assistiu foi na temporada 2009/10, a época na qual o clube garantiu a subida da Segunda Divisão B à Segunda Liga. Tinha Márcio 19 anos;

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» A maior viagem que fez para ver um jogo foi em 2016/17, para assistir à Final Four da Taça da Liga, prova que o clube acabaria por conquistar;

» Desafiámos Márcio Teixeira a lançar um número em relação aos jogos vistos do Moreirense e a resposta é elucidativa do seu amor pelo clube. "À volta de uns 500, 600 jogos, mais ou menos."

Jogo mais marcante

» Na memória só poderia estar o título mais importante da história do clube, a conquista da Taça da Liga, na temporada passada. "É a mais recente, mas é a mais marcante", confessa.

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