Se balança a rede… tem direito a almoço

Se balança a rede… tem direito a almoço

Se marcar um golo já é motivo de alegria, saiba que todos os jogadores do Portimonense têm uma espécie de prenda sempre que fazem balançar a rede adversária. Uma refeição, para si e para a sua cara-metade, no restaurante de João Monteiro, um adepto ferrenho do emblema algarvio, que não olha a meios para mimar os jogadores do clube da sua terra, que segue desde bem cedo, na altura por influência do seu pai.

Aos 50 anos, este empresário do ramo da restauração acompanha o clube da terra desde que tem seis anos e de lá para cá a ligação não parou de crescer. "O meu pai levava-me sempre a ver os jogos do Portimonense. Ia com ele e vivia aquilo tudo com muita alegria. Estava ali no meio da bancada dos sócios, ouvia aqueles palavrões e vibrava com aquilo, não é?", diz-nos. Na altura, confessa, apenas "distinguia pelas cores da camisola", já que "pouco percebia sobre o nome dos jogadores", mas assume que vibrava já de forma bastante forte pelo clube.

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Vibração que, no seu entender, falta à cidade de Portimão, especialmente quando os chamados grandes visitam o emblema do Sul de Portugal. "Penso que deviam vibrar mais… Viu-se agora no jogo com o Benfica, chocou-me bastante ver filhos de Portimão a apoiar o Benfica e não o clube da terra deles", lamentou, revelando depois que na sua família é tudo adepto do Portimonense.

Do polvo à lagareiro passando pelas moelas

Desde que iniciou a tradição de recompensar os jogadores pelos golos que marcaram, João Monteiro já viu de tudo, mas há algo que lhe chamou à atenção. "Os brasileiros gostam muito das moelas", confessa-nos, revelando ainda que o polvo à lagareiro, uma das especialidades da casa, também é um prato com muita saída entre os goleadores do clube.

Ora, para lá de "alegrar" o apetite dos jogadores, João Monteiro também quer que estes estejam sempre na moda. Por isso, sendo também dono de uma barbearia, há igualmente serviço especial para os heróis do Portimonense. "Sempre que queiram cortar o cabelo, os jogadores sabem que fica por nossa conta", revela.

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O duelo com o FC Porto

Quando pedimos a João Monteiro para recordar a maior loucura e o jogo mais marcante que se lembra de ter visto, a memória leva-o a 1990, na célebre visita do FC Porto a Portimão. Num jogo que terminou com vitória portista por 1-0, os dragões saíram do Algarve num clima algo tenso, tendo na altura Pinto da Costa sido atingido por uma pedra, alegadamente lançada pelos adeptos algarvios. "Estava tudo ao rubro! Marcou-me por tudo o que assisti", admite.

E se esse duelo marcou pelo que se passou extrajogo, houve outro momento que para sempre ficará na memória de João Monteiro: os duelos europeus com o Partizan, em 1985/86, referentes à Taça UEFA. Os algarvios até venceram em casa, na primeira mão, por 1-0, mas acabariam afastados em face da goleada sofrida na ex-Jugoslávia, por 4-0.

A camisola que ficará para sempre guardada

Se nos dias de hoje ter a camisola que um jogador utiliza é já algo normal (basta ir a uma loja oficial do clube e as mesmas estão lá disponíveis), nos primeiros tempos de João Monteiro enquanto fã do Portimonense a situação era bem distinta. Talvez por isso ainda guarde com tanto carinho a camisola do falecido Sota, antigo defensor que representou o clube durante 12 temporadas. "Na altura as camisolas não eram vendidas, porque não havia merchandising, e eram mesmo do jogador. Essa camisola foi-me dada por ele e está guardada desde então", explica.

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Curiosidades

» Apesar de seguir o clube há muito tempo, João Monteiro apenas é sócio do Portimonense há três anos;

» Por questões profissionais, só acompanha os jogos do Portimonense em casa. Nunca viu um jogo longe de Portimão.

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