A portuguesa Salomé Afonso assumiu este domingo a frustração com a eliminação nas semifinais dos 1.500 metros dos Mundiais de atletismo Tóquio'2025, após um embate com a alemã Nele Wessel.
A vice-campeã nos Europeus indoor Apeldoorn'2025, e bronze nos 3.000, praticamente caiu, aos 800 metros, no incidente com a germânica, tentou reagir, mas não foi além do 10.º lugar na segunda semifinal, com o tempo de 4.15.08 minutos.
"Em Bruxelas [na etapa belga da Liga de Diamante] caí. Aqui, não caí, mas o resultado foi o mesmo. Era uma corrida perfeitamente adequada a mim, às minhas características, mas a quase queda aos 700 metros acabou com tudo", reconheceu.
A lisboeta, de 27 anos, que estabeleceu já este ano o seu recorde pessoal em 3.59,32, admitiu avançar com uma reclamação, sem qualquer confiança no seu sucesso: "Se fosse em Roma", referiu, aludindo aos Europeus disputados no ano passado.
"Ainda tentei reagir, mas, a partir do momento em que mudei o ritmo, percebi que não teria força para a volta final. Gastei a energia a não cair, a recuperar e a tentar contactar com o grupo", detalhou.
A atleta do Benfica lamentou, sobretudo, o desperdício do momento de forma, com este desfecho: "Tentei o possível, tentar a qualificação na mesma, pensando que pode ser possível uma requalificação, mas acho que vai ser muito difícil, mas faz parte".
Estas declarações, na zona mista do Estádio Nacional do Japão, pareciam vaticinar a decisão dos juízes, que repescaram para a final Nele Wessel, que protagonizou o incidente com a portuguesa, apesar de ter terminado no 11.º posto, atrás de Salomé Afonso.
"É muito dececionante, acho que estou numa forma excelente e trabalhei muito para estar aqui. Sinceramente, quase preferia ter tido uma corrida perfeita e não passar, porque foram melhores, do que aqui, mais uma vez nesta temporada com grandes momentos, mas também situações muito desagradáveis... é muito frustrante", lamentou.
Mesmo assim, 2025 acabou por ser um ano com duas medalhas nos Europeus indoor, um oitavo lugar nos Mundiais em pista curta, mas, acima de tudo, um recorde pessoal abaixo dos quatro minutos.
"A verdade é que acho que consegui cumprir expectativas para o Europeu, mas depois não consegui mostrar o meu valor. Só fiz uma prova de 1.500 metros rápida, 3.59, recorde pessoal, mas longe do que acho que estou a valer. Hoje, acho que era a corrida para mim e, mais uma vez, uma situação externa, que não podemos controlar", concluiu.
Enquanto está pendente o protesto da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Salomé Afonso termina os 1.500 metros de Tóquio'2025 no 21.º lugar, melhorando o 37.º posto na estreia, em Budapeste'2023.
A recordista nacional Carla Sacramento (3.57,71) sagrou-se campeã nesta distância, em Atenas1997.
Por LusaProva decorre em Tóquio, no Japão
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