Ucraniana que não cumprimentou russa: «Não se pode forçar ninguém a estabelecer a paz com um aperto de mãos»

Ucraniana que não cumprimentou russa: «Não se pode forçar ninguém a estabelecer a paz com um aperto de mãos»

Olga Kharlan, a atiradora ucraniana que foi desqualificada da prova de sabre do Mundial de esgrima por se recusar a cumprimentar a russa Anna Smirnova no final de um combate, reagiu nas redes sociais ao que aconteceu em Milão.

"Como todos neste mundo, num mundo adequado, entendo que as regras devem mudar, porque o mundo está mudado", disse a atleta, num vídeo que partilhou no Instagram.

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"O que aconteceu levanta muitas perguntas, mas também dá muitas respostas. Compreendemos que o país que está a aterrorizar o nosso pais, as nossas famílias, também está a aterrorizar o desporto", explicou Kharlan, explicando que agiu "com o coração".  

Em março a atleta reagiu com "deceção, raiva e sentimento de injustiça" depois de a federação internacional de esgrima ter autorizado que atletas russos e bielorrussos possam competir sob bandeira neutra.

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Ao não cumprimentar a adversária, Kharlan foi desqualificada por um alegado incumprimento de etiqueta da modalidade. "Quando soube que queriam retirar-me da competição, dar-me um cartão preto, isso matou-me. Doeu-me tanto que gritei de dor", explicou.

A atiradora, explicou, no entanto, que tem recebido muito apoio pela decisão que tomou. "É impossível transmitir o que sinto quando ouço que com a minha ação estou a motivar outros. Obrigado a cada combatente que nos protege. Não se pode forçar ninguém a estabelecer a paz, principalmente os ucranianos. Não com um aperto de mãos. Nunca."

Por Record
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