Djibrilo Iafa: da natação ao goalball até chegar ao judo

Praticou natação e goalball mas foi o tatami que mais o cativou

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Djibrilo Iafa experimentou o judo aos 21 anos de calças e t-shirt sem pensar nessa altura que o seu futuro passaria pela prática da modalidade ao mais alto nível.

O gosto pelo desporto é antigo, tão antigo quanto as imagens que tem da infância com corridas e brincadeiras na rua. A perda da visão da adolescência desvaneceu esta paixão, aos poucos foi-se envolvendo em desportos como a natação e o goalball mas foi o tatami que mais o cativou.

A prática diária do judo trouxe-lhe benefícios imediatos a vários níveis, refletidos no dia-a-dia por exemplo pelo aumento de autonomia e orientação. O progressivo aumento dos índices físicos fez com que todos os que o rodeaam o incentivassem a seguir o caminho do alto rendimento, a decisão não foi imediata até que em 2015 aceitou seguir pela primeira vez para um estágio internacional em França e tudo mudou.

A decisão de se dedicar por inteiro ao judo obrigou a uma mudança radical de hábitos: 10 treinos semanais, seis dias por semana. Os frutos deste esforço acrescido surgiram rapidamente e logo em 2016 conquistou uma medalha de bronze num meeting internacional na Alemanha e no ano seguinte, em 2017, foi sétimo classificado no Campeonato da Europa.

Muitos combates e inúmeras horas de treino mais tarde, Djibrilo Iafa conquistou por mérito próprio o seu lugar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020 onde terminou no interessante 9º lugar da classificação da categoria de 73kg.

Declaração

"Iniciar a prática de modalidade abriu-me portas na sociedade. Para mim o judo é muito mais que um simples desporto, é uma forma de estar na vida. Sempre gostei de praticar desporto e quando descobri o judo foi perfeito para mim por ter encontrado o meu lugar no desporto. Foi amor à primeira vista, no início apenas treinava mas hoje o que mais gosto é a competição. A participação nos Jogos Paralímpicos é o sonho de qualquer atleta".

Judo

O judo paralímpico tem a particularidade de ser disputado apenas por atletas cegos ou com baixa visão. Até aos Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020 distribuía-se somente por três classes desportivas com os atletas a defrontarem-se entre si apenas divididos por género e categoria de peso, propiciando sempre bons espectáculos desportivos, bastante apreciados pelo público em geral.

Por Diogo Jesus
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