Atleta paralímpico foi ao pódio em Tóquio, onde arrecadou a medalha de bronze
Norberto Mourão é um orgulhoso transmontano. Nasceu em Vila Real, cedo se mudou para Camarate, em Loures, mas por Trás-os-Montes ficaram para sempre as suas raízes. Hoje reside novamente na sua terra natal – apesar de passar a maior parte em Montemor-o-Velho, onde treina diariamente no Centro de Alto Rendimento – mas a maior parte da sua vida foi passada em Camarate e é com referência a este local que surgem grande parte das suas memórias.
A infância passou-se com a traquinice própria da idade, aos 19 anos tornou-se pasteleiro por influência do irmão e aos 28 teve um acidente que lhe tirou as duas pernas. Apenas três anos mais tarde conheceu por acaso a canoagem e não mais largou a modalidade. Estávamos em 2011 e as primeiras provas surgiram nesse mesmo ano, seguidas de um longo período sem que o tão desejado sucesso desportivo aparecesse. Em 2018, Norberto Mourão decidiu tomar uma opção de risco mas que se revelou acertada; mudou-se do caiaque para a canoa, abdicando de sete anos de trabalho para se dedicar em exclusivo à nova embarcação.
A aposta não podia ter sido mais acertada e recompensa surgiu logo em 2019 com a medalha de bronze no Europeu e a prata no Mundial em 200 metros VL2. O ano seguinte trouxe mais uma medalha de prata na Taça do Mundo mas o melhor de Norberto Mourão estava guardado para 2021: prata na Taça do Mundo, ouro no Campeonato da Europa, bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020 e bronze no Campeonato do Mundo, última prova de uma época de sonho.
Declaração
"Depois do acidente, a minha vontade e necessidade de fortalecer os braços fez-me procurar o desporto. Escolhi a canoagem e, aos poucos, fui evoluindo e consegui tornar-me um atleta de eleição. Tive a sorte de estar presente em Tóquio’2020 e ganhar o bronze. Não são os maus momentos que nos mandam abaixo, o que importa é aproveitarmos esses momentos e agarrarmo-nos com todas as forças a novos objetivos e a novas conquistas".
Canoagem
A canoagem teve a sua estreia paralímpica nos Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020. A modalidade é exclusiva para atletas com deficiência motora e possui três classes desportivas para os atletas que competem em kayak, e outras três para os canoístas que competem em canoas Va’a, caracterizadas por possuírem um flutuador num dos lados da embarcação. Sem dúvida uma excelente atividade desportiva para todos.
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