Günther Steiner e a estreia de Bearman: «Não fiquei surpreendido, tinha fé que ele conseguiria fazer aquilo»

• Foto: Reuters

Oliver Bearman foi o principal destaque da Fórmula 1 no Grande Prémio da Arábia Saudita. O piloto britânico, que tinha acabado de garantir a pole position para a corrida de Fórmula 2, foi chamado pela Ferrari para substituir Carlos Sainz, que foi operado a uma apendicite e, com apenas uma sessão de treinos livres, terminou no sétimo lugar da prova. Günther Steiner, antigo chefe da Haas, deixou elogios ao jovem britânico e destacou a sua rápida adaptação ao SF-24 da Ferrari.

"Ollie Bearman fez um excelente trabalho quando substituiu Carlos Sainz na Ferrari em Jeddah, tal como fez quando conduziu para a Haas na primeira sessão de treinos livres no México e em Abu Dhabi no ano passado. O facto de ter entrado para substituir o Carlos no último minuto foi uma grande pressão para ele. Deve ter sido muito complicado, mas não sabemos, ele esteve sempre muito calmo", referiu.

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Na estreia da sua coluna de opinião no site da Fórmula 1, o ítalo-americano reconheceu que o piloto de 18 anos realizou uma grande corrida, referindo que apesar da juventude não ficou surpreendido com o seu desempenho num dos traçados mais complicados do calendário.

"Jeddah é uma das pistas mais difíceis do calendário, se cometemos um erro, normalmente custa-nos muito caro. Ele fez um bom trabalho e é óbvio que as equipas vão estar de olho nele. Quando ele conduziu na primeira sessão de treinos livres para nós, nunca tive medo que ele fizesse algo que não se esperasse. Estava sempre em controlo. Fez o mesmo na Arábia Saudita. Não fiquei surpreendido com o que ele fez em Jeddah. Eu tinha fé que ele conseguiria fazer aquilo. Acho que ele tem um bom futuro no desporto. Ele só precisa de manter a calma e não tenho dúvidas de que o fará", frisou.

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Günther Steiner recordou o primeiro contacto com Bearman na Haas, o ano passado, quando recebeu uma chamada de Frederic Vasseur a requisitar a participação do jovem na primeira sessão de treinos livres no México, revelando que ficou admirado com a sua postura, elogiando ainda a inteligência do jovem inglês.

"Antes de o Ollie conduzir, sentei-me com ele, falamos 10 minutos talvez. Basicamente, disse-lhe: 'Não exageres'. Nunca tive medo de que ele fizesse alguma coisa disparatada ao tentar impressionar. Ele é inteligente. Ao falar com ele, fiquei com a sensação muito rápida de que ele sabia o que tinha de fazer. Ele não era claramente o tipo de pessoa a quem se pergunta algo e ele diz sim e pensa algo diferente. Ele entendeu que só precisava fazer um bom trabalho, sentir o carro e trazê-lo para a garagem", disse.

Apercebeu-se de que a sua carreira não dependia daqueles FP1s. Ele tinha um plano maior. Fiquei muito impressionado com a sua calma. Ele dá tempo a si próprio, não tem pressa. Isso deve vir do seu passado e da forma como foi educado pela família. Eles devem tê-lo ajudado a fazer isto - e fizeram um trabalho fantástico Por ser tão jovem,  ele tem o tempo do seu lado. Está na Academia de Pilotos da Ferrari e sabe que, se fizer um bom trabalho, tem um bom futuro na F1", completou. 

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Recorde-se que Oliver Bearman tornou-se o piloto mais novo de sempre a correr pela Ferrari e o terceiro mais jovem a estrear-se na Fórmula 1.

Autor: S.R.

Por Record
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