É um autêntico êxodo. A liga profissional norte-americana de hóquei no gelo (NHL - National Hockey League) está a perder os seus melhores jogadores para a Europa, incluindo as mais recentes contratações. Tudo porque a prova continua em "standby" devido ao impasse com os salários
Jaromir Jagr, o jogador mais bem pago da NHL, ao serviço dos New York Rangers, vai agora ser o jogador mais bem pago da "Super Liga" da Rússia. O checo assinou com os actuais campeões russos, Avangard Omsk, equipa patrocinada em parte por Roman Abramovich, o multimilionário dono do Chelsea, "de" José Mourinho.
Jagr vai ganhar mais do que Ilja Kovalchuk, hoquista que havia assinado um contrato avaliado em 1,6 milhões de dólares anuais (1,2 milhões de euros) com AK Bars Kazan.
A grande lista das estrelas que deixaram a NHL para trás também inclui Vincent Lecavalier e Martin St. Louis (dos actuais campeões norte-americanos, Tampa Bay Lightning), que assinaram por AK Bars Kazan (Rússia), e Lausanne (Suíça), respectivamente.
O êxodo já atinge cerca de 300 jogadores da NHL, os quais foram contratados por equipas europeias. No fundo, foi quase metade da NHL que saiu só para a Europa (a competição tem um total de cerca de 750 jogadores), enquanto outros estão a jogar nos escalões secundários dos Estados Unidos e do Canadá.
"Esta é a natureza do mercado empregador em todas as áreas", justificou Chris Pronger, jogador dos St. Louis Blues, acrescentando: "Nós não temos emprego nos Estados Unidos. Por isso, estamos livres de o procurar noutros sítios."
Para compensar os desempregados, o sindicato (NHLPA - National Hockey League Players Association) anunciou que os jogadores vão começar a receber um subsídio que já engloba Novembro. Trata-se de um "salário de compensação". Os hoquistas da NHL vão receber 10 mil dólares para Novembro e Dezembro e, nos meses seguintes, o valor irá variar entre 5 mil e 10 mil dólares (3.750 a 7.500 euros).
Mas alguns dos que estão sem emprego não querem ficar parados. Por exemplo, os guarda-redes Martin Brodeur e Dominik Hasek, mais outras estrelas, já anunciaram que vão fazer uma digressão pela Europa entre 9 e 23 de Dezembro.
O dinheiro da discórdia
A Liga, que diz ter sofrido 224 milhões de dólares em prejuízos no ano passado, reclama que tem de cortar a percentagem das receitas destinadas aos jogadores, preferentemente através de um tecto salarial. Os jogadores são contra e não querem jogar. O pior é que nenhuma das partes aceita uma arbitragem para o caso. O que também não está a ajudar é um artigo da "Forbes Magazine", o qual garante que os prejuízos na época passada foram 94 milhões de dólares, e não o que a Liga anunciou. A revista de negócios diz as equipas não incluíram receitas como, por exemplo, os contratos de televisão e os lugares cativos.
Ex-hoquistas para salvar a época
"É provável que não vá haver época da NHL." Quem o disse foi o comissário da Liga, Gary Bettman, que ainda tem esperanças em que o sindicato concorde com "uma solução para que as equipas sejam viáveis e competitivas, com preços de bilhetes que sejam razoáveis". A NHL cancelou o jogo das estrelas (All-Star Game) e a época está suspensa desde 13 de Outubro (a última vez que uma temporada parou foi em 1994-95). Se não houver uma solução para breve, os donos das equipas da NHL são capazes de fazer uma época com "jogadores de substituição" , que incluem hoquistas das divisões secundárias e ex-jogadores NHL.
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