Terminou, ontem, em Abu Dhabi a temporada de 2018 do Mundial de Fórmula 1, corrida que mostrou ser bem agitada. Tendo em conta o final desta competição, decidi esta semana falar sobre a importância da alimentação e preparação física destes atletas porque, ao contrário do que seria de esperar pelo facto de estarem sentados dentro do carro, têm um papel fundamental na sua performance e rendimento desportivo.
Para ser um atleta de sucesso de fórmula 1, é necessário ser mais do que apenas um bom piloto. Este atleta necessita de uma ótima e específica preparação física e por isso, os grandes atletas desta modalidade gastam grande parte do seu tempo e rotina aos treinos de preparação física.
Esta importância deve-se ao facto de que, durante as provas, a resistência do piloto é muito testada devido ao esforço sob o volante, mas também à aceleração lateral e muitas trocas de marcha. Para ter uma noção do grau de exigência nestes momentos, a ação da gravidade durante a corrida é tão intensa que faz com que o corpo do piloto sinta em cima de si uma força cinco vezes maior do que o seu peso! A aceleração "empurra" o piloto dentro do carro e quando se dá a desaceleração, associado a uma travagem mais drástica, dá-se grande compressão dos órgãos contra a caixa torácica.
Em termos de preparação física, os pilotos devem dar preferência a exercícios de treino cardiovascular como caminhadas intensas ou corridas, tendo como objetivo potenciar a melhor oxigenação possível ao seu corpo. Por outro lado, o treino muscular também é muito importante. O principal foco, no que diz respeito a massa muscular, na Fórmula 1 é o pescoço, exercícios de alongamentos e fortalecimento desta área são imprescindíveis para que o piloto não sofra com os efeitos de aceleração lateral. Para além destes fatores, o próprio equipamento usado contribui para a necessidade de treinar a parte muscular já que o conjunto, capacete, sistema de proteção e cabeça, durante a corrida, fazem uma força no pescoço que pode chegar a 24kg.
Para além da preparação física, também a alimentação tem um papel fundamental na performance do piloto, sendo que nem todos têm programas específicos de alimentação, mas todos são muito atentos à alimentação praticamente o ano todo, principalmente durante os fins de semana de competição.
Este cuidado alimentar acontece não só para tentar evitar o risco de uma indisposição durante treinos ou mesmo na corrida. Acontece também, principalmente, porque os pilotos precisam de equilíbrio nutricional e calórico, garantindo a ingestão de nutrientes suficientes para aguentarem o esforço, que aumenta diretamente com o aumento da velocidade dos carros e, mesmo assim, manterem o peso.
O objetivo é que tanto carros, como atletas, sejam o mais leves possível porque mais peso equivale a menos velocidade. Por isso, uma das coisas que a maioria dos atletas sacrifica é a hidratação, mas isso é um risco porque a desidratação, neste desporto é extremamente perigosa, porque o atleta pode perder capacidade e rapidez de raciocínio e, consequentemente, diminuir a performance.
Nos últimos anos houve até notícias de muitos pilotos que acabavam por desmaiar devido à restrição exagerada das dietas a que se estavam a submeter, nem que fosse para perder apenas algumas gramas, ajudando assim a baixar o peso dos carros. É por isso que, desde a introdução dos motores elétricos nestes carros, o peso do conjunto carro-piloto tem vindo a aumentar de ano para ano, para tentar evitar estas situações.
Por este motivo, e com carros cada vez mais pesados, os pilotos conseguem ter mais margem no que diz respeito à quantidade calórica que ingerem e tentam, a todo o custo, aumentar a sua massa muscular.
Durante esta semana vou explicar que tipo de estratégias podem ser opção para potenciar a performance e rendimento destes atletas.
Até para a semana.
Para mais informações ou esclarecimentos, contacte: inesfilipamorais@gmail.com
Por Inês MoraisE lembrem-se de uma coisa que não me canso de vos dizer… Não há forma melhor de educar um filho, do que dando bons exemplos
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