Quando surgiu a possibilidade de analisar Ghost of Yotei, um dos primeiros pensamentos foi aquele que muitos outros viciados em videojogos tiveram – então mas mudaram umas ‘layers’ e copiaram a base do Ghost of Tsushima? Toda a gente pensou nisso. E é um pensamento legítimo, porque existiam cerca de 7 mil milhões de possibilidades de nome para este jogo e alguém optou por algo muito semelhante a Ghost of Tsushima. É claro que há ligação entre os dois jogos, mas até Ghost of Tsushima 2, na altura, me parecia melhor opção.
Contudo, feitas as contas, os responsáveis por este lançamento sabiam o que estavam a fazer… dentro do jogo. O nome pode não ser o mais feliz, mas o resultado final é um projeto que segue o legado glorioso do seu antecessor e que, pelo que nos é dado a entender, ultrapassa claramente aquilo que já tinha sido feito. Seja em termos de narrativa, seja em termos de processos técnicos e gráficos.
Trezentos anos depois dos acontecimentos do aclamado Ghost of Tsushima, Ghost of Yotei é uma experiência independente passada no Japão rural do século XVII. A história centra-se em Atsu, uma mercenária solitária e atormentada. Sedenta de vingança, ela viaja pelas belíssimas paisagens acidentadas do norte do Japão à caça daqueles que mataram a sua família muitos anos antes.
Dezasseis anos após a morte da sua família, a demanda de Atsu em Ezo leva-a até terras inexploradas em busca de um grupo de seis fora da lei. Contudo, ela encontra muito mais do que a vingança. Ao longo da viagem, Atsu vai descobrir aliados improváveis e laços mais fortes do que alguma vez imaginara.
E a partir daqui é só magia… Os cenários são fantásticos, a interação com o mundo é plena e até o cavalo que nos acompanha parece saber mais do que devia, dando uma ambiência brutal a um jogo que nos deixa realmente colados ao ecrã. Há vingança, há pancada, há milhares de opções e locais a explorar e há, acima de tudo, uma dinâmica narrativa que nos deixa, aqui e ali, literalmente dentro da ação, seja embevecidos por um momento maternal, seja euforicamente irritados por assistir a uma injustiça.
E se há jogo em que não podemos nem queremos largar ‘spoilers’ é este. Do início ao fim temos maravilhas digitais de destaque mas também conteúdos novelísticos de classe suprema, com uma trama muito bem montada e que nos deixa sempre com vontade de explorar um pouco mais. Cada planície infinita, cada bosque verdejante e cada pináculo com neve nos deixa sem fôlego.
Sentimos muitas vezes que estamos de regresso a Ghost of Tsushima mas com um sentimento bom e não a ideia de que replicaram coisas já feitas. De resto, há muitas e boas surpresas para quem gosta de mini desafios e momentos para cortar, editar e lançar nas redes sociais. Tudo foi pensado ao detalhe.
Nem são precisos mais parágrafos para destacar o que de bom temos neste impactante jogo. Esperávamos pouco e deram-nos tudo. E é tão bom quando isso acontece. Rematamos com um elogio sincero à jogabilidade. O arsenal de armas aumentou exponencialmente e temos pela frente sabres, espadas, arcos, shurikens e até… algumas surpresas que vos deixamos descobrir sozinhos.
Gostam do Japão, gostam de samurais, gostam de ação ou, simplesmente, querem um jogo brutal para ‘destruir’ nos próximos fins de semana, nem precisam pensar duas vezes. Ghost of Yotei é a vossa resposta.
Campanha tradicional leva-nos para o centro de toda a ação
Análise ao sucessor de Ghost of Tsushima
Mais um excelente conteúdo extra da Electronic Arts
Prova incrível do trabalho desenvolvido pela Full Circle
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