Os treinadores Paulo Fonseca, Leonardo Jardim, Pedro Caixinha e Nuno Dias destacaram esta quinta-feira a capacidade adaptativa dos portugueses a diversos contextos num futebol que exige cada vez mais liderança.
Num painel do Portugal Football Summit que juntou os quatro treinadores lusos, Paulo Fonseca, atualmente nos franceses do Lyon, realçou a necessidade de ter conhecimento da realidade em que se está inserido e falou de egos de jogadores.
"A sociedade mudou e é muito mais difícil criar conexões nos grupos de trabalho. Passo pelo balneário e vejo 10 jogadores agarrados ao telemóvel, ninguém fala com ninguém. Os jogadores hoje são pequenas empresas, têm à sua volta equipas multifacetadas que, às vezes, não estão alinhadas com a forma de funcionar que temos. Isso não facilita a tarefa do treinador", vincou o barreirense.
Leonardo Jardim, que marcou presença através de videoconferência, por estar no Brasil a orientar o Cruzeiro, elogiou sobretudo a capacidade de adaptação dos técnicos portugueses, lembrando a sua passagem dos países árabes para o Brasil.
"Passei do 'oito ao 80'. No Brasil, quando ganhamos, fazemos uma festa e somos os melhores do mundo. Depois da derrota, existe uma crítica avassaladora. É isso que temos de saber colocar um pouco fora do grupo de trabalho. O resultado é a coisa mais importante e o processo fica para segundo plano. Temos de procurar resultados imediatos. Não é por acaso que 19 treinadores já foram despedidos no Brasileirão este ano", expressou o madeirense, em terceiro no campeonato brasileiro.
Já Pedro Caixinha, um dos treinadores despedidos esta época no Brasil, depois de sair do Santos, definiu três pilares fundamentais que um treinador deve manter na carreira - visão e liderança, metodologia de treino, e a ideia coletiva num clube -, tendo recordado a chegada ao México e a experiência de treinar o 'astro' Neymar.
"O Neymar é uma marca. Além dos objetivos coletivos, defini ainda objetivos individuais com o Neymar. Ele mostrou essa abertura, foram objetivos fáceis para definir e desenvolvemos uma boa empatia. Não jogava há praticamente dois anos, era preciso dar-lhe ritmo de jogo e, depois, regularidade e recuperação", explicou.
Fora do contexto do futebol, Nuno Dias lidera a equipa de futsal do Sporting há 14 temporadas consecutivas, tendo duas Ligas dos Campeões e nove campeonatos nacionais, entre outros, no currículo, mas a sua exigência desportiva mantém-se.
"Neste momento, um jogador que vem para o Sporting sabe exatamente para onde vem. E os que eventualmente poderão ter dúvidas, na primeira semana já fugiram. Entendem que chegaram a um grupo de campeões. A cultura de exigência é posta logo no primeiro dia e rapidamente entram no ritmo de exigência que queremos. Já houve tantas conquistas que queremos repetir e conquistar muitas vezes. Sermos os primeiros a bater recordes, para que toda a gente se lembre de nós", sublinhou.
O Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve início na quarta-feira e decorrerá até sábado na Cidade do Futebol, em Oeiras, com o objetivo de discutir o futuro do desporto a nível nacional e mundial.
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