Microsoft Minesweeper: minas, cantinas e seleção natural

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Microsoft Minesweeper nasceu há quase 30 anos

Gosto de escrever sobre jogos antigos que me marcaram a mim e a muito boa gente neste Mundo. Uns foram títulos que venderam milhões de cópias, outros foram pequenos segredos de cada um, mas há um que toda a gente jogou. Este é o jogo que ninguém comprou, mas que toda a gente tinha: Minesweeper.

Faz parte do meu dever explicar o jogo a quem não o conhece, embora eu desconfie que esses leitores não existem. Mas vamos lá. Minesweeper era um jogo incluído nos sistemas operativos Windows (desde o 3.1 até ao Windows 7), em que o objetivo era descobrir todas as minas existentes num campo de quadradinhos.

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Clicando num desses quadrados, aparecia um número que sinalizava a quantidade de minas à volta dele, entre 0 e 8. Assim - e perdoem-me a analogia barata - uma espécie de meninos à volta da fogueira, como diria Paulo de Carvalho. Só que, em vez de fogueira… eram minas.

Voltando à estrada: naturalmente tínhamos de clicar em todos os quadrados que não tivessem minas e sinalizar com uma bandeirinha as ditas cujas. Isto no mínimo período de tempo. Genial.

Ao contrário dos jogos de hoje, Minesweeper demorava tão pouco a abrir como um piscar de olhos e tínhamos ali diversão e quebra-cabeças para um bom serão a dois: nós e o computador.

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Minesweeper era como a comida das cantinas da escola. A reputação podia não ser a melhor mas, à falta de melhor, conseguíamos encher o papo e poupar uns trocos ao mesmo tempo. Tal como o arroz empapado que a cozinheira do liceu nos colocava arrastadamente no prato, Minesweeper também não tinha o melhor aspeto gráfico do Mundo. Mas, tal como o referido arroz, colava.

Nas suas últimas versões embutidas no Windows, o arroz… quero dizer, o jogo trazia já um aspeto moderno, com animações todas ‘fashion’. O fator viciante estava lá, mas era como passar de uma Coca-Cola em garrafa de vidro para as atuais de plástico ou lata. Uma amostra.

Hoje ainda é possível jogar umas minas nos nossos computadores/telemóveis, pois aplicações não faltam. Mas lembrem-se: todo começou com aquele smile amarelo que sorria ou batia as botas consoante o nosso tino.

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Por Luís Miroto Simões
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