Um boneco de madeira, sarilhos valentes e um jogo memorável: eis Pinocchio

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Um jogo bem vivo e complexo, com história à mistura

Um miúdo desengonçado aos saltos pelo meio da vila. Espera! É de madeira! Será o… Isso mesmo! O Record Gaming lembra hoje um ícone dos filmes de animação, uma verdadeira estrela dos contos que adormeceram muitos petizes por esse Mundo fora, mas que, pelo menos a mim, me manteve acordado durante longas horas: Pinóquio.

O famoso boneco nasceu, imagine-se, em 1883 e, 113 anos depois, veio parar direitinho à Mega Drive lá de casa. Foi em 1996 que a agora desaparecida Virgin Interactive – já falei dela em Ignition – lançou o jogo Pinocchio para Game Boy, Mega Drive e Super Nintendo na Europa (um ano depois de sair nos EUA).

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Apesar de tudo, Pinocchio era enternecedor. Mostrava-nos que faltar à escola só ia trazer-nos problemas e nem o grilo Jiminy (que também chegávamos a controlar) escapava à fúria dos mosquitos à volta de um candeeiro público.

A ligação com Geppetto, o nosso papá de carne e osso – vendo bem as coisas, o nosso marceneiro - , estava bem presente e era refletida na banda sonora ternurenta que acompanhava certos momentos. Além disso, o final do jogo era de cortar a respiração, quando tentávamos fugir de uma enorme baleia numa jangada minúscula com o frágil Geppetto ao nosso lado.

Com cores sedutoras, Pinocchio puxava bem pelos 16-bit da Mega Drive. O jogo não era longo, demorava uns 40 minutos sem mortes. Mas acrescentemos-lhe a dificuldade e o facto de não podermos gravar o nosso progresso em nenhum momento e tínhamos o aliciante perfeito para umas belas horas a jogar à noite, com phones (grande, grande Mega Drive e a sua saída de áudio!), enquanto os pais dormiam.

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Por Luís Miroto Simões
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