A nossa análise ao modelo de performance da marca alemã
Nenhum modelo teve tanto 'hype' no mercado do running como estas Puma Fast-R Nitro Elite 3. O que é algo incrível, especialmente para uma marca que apenas em 2020 decidiu voltar a apostar no mercado da corrida de estrada. A razão deste 'hype' é uma espécie de repetição daquilo que a Nike fez em 2017, quando colocou no mercado as Vaporfly 4% apoiada num estudo que apontava ganhos na ordem dos 4% na economia de corrida. Sete anos depois, a mesma fórmula é usada, agora com promessa de ganhos na ordem dos 3% em comparação com outros modelos concorrentes (Nike Alphafly3, adidas Adizero Adios Pro Evo 1 e as Fast-R Nitro Elite 2). Esses valores, pegando neles sem fazer qualquer ajuste, podiam representar, por exemplo, a primeira maratona da história abaixo das 2 horas...
E ainda que dificilmente vejamos no futuro próximo um atleta a usar as Fast-R Nitro Elite 3 para correr essa marca - essencialmente porque o domínio dos atletas de elite (ainda) está no binómio Nike-adidas -, a verdade é que a forma como se apresentaram ao mundo foi impactante. E levou-nos, claro, a olhar para este teste de forma bastante entusiasmada, mas ao mesmo tempo com um olhar apurado no sentido crítico. Se a Puma promete tanto... é bom que o entregue. E, dizendo já diretamente... se entregou!
Para quem usou as Fast-R Nitro Elite 2, a diferença é da noite para o dia. A começar no peso. De forma mágica, a Puma conseguiu eliminar praticamente 80 gramas em cada sapatilha, apresentando um modelo que está nas 170 gramas - as 2 tinham 257 gramas; as 3 têm 176, no tamanho 42.5 EU. Isto sem serem demasiado incómodas, como muitas vezes acontece com estas racers. As Fast-R 3 estão no ponto e até têm uma bela dose de material acolchoado, nomeadamente no calcanhar. Já a língua, aí a história muda de figura, com uma camada bastante fina.
Voltando aos tais dados de laboratório, e antes de avançar para a nossa experiência, o estudo efetuado apontava para ganhos na economia de corrida de 3.15% (para as Fast-R 2), 3.64% (para as Nike) e 3.52% (para as Adidas). Valores médios, num estudo levado a cabo num laboratório de Boston - comandado por Wouter Hoogkamer, o responsável do estudo das Vaporfly 4% -, composto por 15 atletas. Os ganhos foram registados em todos os parâmetros, mas como em tudo nestes casos é necessário pegar nos dados com pinças. Especialmente porque no mundo da corrida é tudo muito individual e o conceito de modelo perfeito para todos não existe.
A nossa experiência
Quando as Fast-R 3 nos chegaram foi como se fôssemos uma criança que acabou de receber a prenda que desejava há muito tempo. Sim, é esse o nível de 'geek' que temos quanto a sapatilhas! Assim que lhe pegamos foi logo possível perceber a mais radical transformação: o peso. Impressionante a forma como a Puma conseguiu recortar 80 gramas em cada sapatilha, para um total de 170 gramas. Um corte feito através de um upper muito mais simples, fino e respirável, sem grande tipo de adereços desnecessários. Outro ponto de transformação está na meia-sola, com a espuma NITRO Elite ligeiramente melhorada e mais leve. E, depois, mais abaixo, na sola, com uma superfície de borracha muitíssimo fina. Isso poupa certamente no peso, mas compromete na durabilidade. E esse é desde logo um ponto que é impossível não apontar.
Se a adidas prometeu (de forma muito modesta) que as Adizero Adios Pro Evo 1 aguentariam uma maratona, a Puma fala que estas Fast-R 3 podem chegar aos 300 quilómetros. Olhando ao desgaste com 50 quilómetros, arriscamos dizer que estão a ser bem otimistas. Terá, se calhar, a ver com o peso de quem as testou (63 kg) e também a forma de corrida, mas mesmo assim não podemos deixar de apontar este facto. Que será, no final de contas, a única coisa que conseguimos apontar de forma menos positiva a este modelo.
O resto é... de outra galáxia. Mas com ponto claro de alerta: são para correr rápido! Em torno dos 4'00/km e abaixo disso. Mais lento do que esse patamar sentimos que faltará estabilidade, especialmente por conta da forma como estão construídas, com uma zona de calcanhar muito recortada. Esse aspeto torna estas Fast-R Nitro Elite 3 numas sapatilhas perigosas para maratona se chegarmos aos 35 quilómetros 'mortos', porque nessa altura (e nesse estado) vamos precisar de algo para nos proteger e com este modelo não vamos levar nada disso. São uma daquelas sapatilhas que pedem velocidade, muita velocidade. É para andar sempre a abrir! Por isso, a levá-las numa maratona, só com absoluta certeza de que estamos na nossa melhor forma. O que esperemos fazer em Amesterdão, em outubro...
Aqui chegados, é fácil perceber que praticamente tudo nestas Fast-R Nitro Elite 3 nos agradou. Só colocamos incógnita na durabilidade da sola e voltamos a lembrar a necessidade (?) de serem apenas usadas com ritmos bastante elevados. Para isso, sim, a Puma acertou em cheio. Os 300 euros de preço de venda pode ser algo puxado para alguns, mas olhando ao que está nessa franja de preços, entre os 250 e os 300, serão certamente a opção mais racer disponível no mercado. É só preciso ter pernas para elas. Porque, como em tudo neste mercado, correr a 5'00/km com sapatilhas de competição com placa de fibra de carbono é simplesmente um desperdício de dinheiro.
Impressiona tanto pela qualidade como... pelo preço
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